terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Peggy's Cove e Halifax - 04 de fevereiro de 2012

Antes de mais nada, gostaria de pedir desculpas aos nossos amigos e leitores pela demora em atualizar notícias dessa nossa viagem. A razão é que temos tido um bocado compromissos com a host family da Ana Carolina, o que nos tem impedido de escrever todos os dias. Mas vamos deixar o lero-lero para lá e vamos ao que interessa, ou seja, atualizar as histórias da viagem.

Pois bem, no sábado, dia 04 de fevereiro de 2012 e nosso segundo dia no Canadá, começou com uma viagem até Peggy's Cove, uma pequena comunidade de pescadores a 30 minutos ao sul de Halifax.

A temperatura não estava lá essas coisas para pegar uma praia, em torno de -12ºC (com sensação térmica, na cidade, de -18ºC - lá com certeza estava menos, em virtude do vento forte), e parecia que ia cortar ao meio qualquer parte do corpo que ficasse exposta. Por incrível que pareça, chegava a ser desesperador ficar sem luva ou sem toca, parecia que os dedos e as orelhas iriam congelar e cair.

No caminho demos uma parada para conhecer o memorial construído em homenagem às 229 vítimas da queda do voo 111 da Swissair, que iria de Nova Iorque a Genebra, no dia 02 de setembro de 1998. O memorial fica localizado em The Whalesback, um quilômetro ao norte de Peggy's Cove.

Família Souza congelada no memorial do Swissair flight 111

Paulo, Barry e Ana Carolina em The Whalesback

Saindo do memorial do Swissair 111, rapidamente chegamos a Peggy's Cove e fomos explorar a área de formação rochosa (granito) ao longo de uma gélida enseada ocupada basicamente por pescadores de lagostas.

É possível passar o dia explorando a formação rochosa, subindo e descendo as pedras e aproveitamento as maravilhosas vistas do local (mesmo em condições glaciais como a do dia de nossa visita). Pois bem, possível até é, mas alguém pode imaginar a Ana Paula e Ana Carolina subindo e descendo rochas o dia inteiro, ainda por cima com ventos que jogam a temperatura para baixo de -20ºC? Pois é, não dá né. Então o negócio foi dar apenas uma volta pelas pedras, observar o principal, acompanhar uma embarcação de pesca retirar algumas armadilhas para lagosta do mar e ir para o restaurante local tomar uma boa xícara de chocolate quente, acompanhada de um generoso pedaço de ginger bread (na verdade um bolo de gengibre - diga-se de passagem, delicioso). Batemos mais um papo com o Barry, contamos algumas histórias e observamos a bonita vista do local, para, logo depois, voltarmos em direção a Halifax.

Andando pelas rochas em Peggy's Cove

Família Souza reunida em frente ao farol de Peggy's Cove

Peggy's Cove

A água que ficou sobre as pedras congelou com as baixíssima temperaturas

Ana Carolina com sua caneca de chocolate quente e seu pedaço de ginger bread

Local que dá nome ao vilarejo e que é o cenário mais fotografado de todo o Canadá (segundo os próprios Canadenses)

De Peggy's Cove voltamos a Halifax e o Barry nos deixou em frente ao Museu da Imigração Canadense. Infelizmente o museu está passando por remodelações e renovação em seu sistema de aquecimento e ar-condicionado, por essa razão, as principais atrações do museu estão fechadas à visitação. De qualquer maneira, visitamos as partes que estavam abertas ao público, com o que já foi possível ter uma ideia da grande torre de babel que formou a sociedade canadense.

Ana Carolina na entrada do museu da imigração

Vista a partir da réplica de um dos muitos navios que chegavam aos portos da Nova Scotia trazendo imigrantes europeus

Ana Paula e os painéis e réplicas de bagagens e utensílios que contam a história da imigração canadense

Saindo do Museu da Imigração Canadense descemos pelo Waterfront, um caminho calçado que margeia o Halifax Harbour, em direção ao Maritime Museum of the Atlantic. Localizado no coração do Waterfront, não há melhor lugar para fazer uma imersão na herança de navegação e convivência com o mar que tem a província de Nova Scotia.

Nesse museu é possível observar detalhes e histórias relacionadas desde pequenas embarcações até gigantescos comboios que saíram de Bedford Basin para a Segunda Guerra Mundial. Também há mostras relacionadas à navegação a vela, ao naufrágio do Titanic, tendo em vista que Halifax era a cidade onde estava localizado o porto de grande porte mais próximo ao local da tragédia e onde foram sepultadas um grande número de vítimas do naufrágio, e à grande explosão de 1917 que devastou o porto de Halifax e áreas anexas.

Além do grande número de informações interessantes e de artigos colocados à mostra, o que chama bastante a atenção nesse museu é a qualidade e a beleza das réplicas de embarcações construídas em escalas menores, em grande parte por artesãos que trabalham ali mesmo, na vista dos visitantes.
        
Paulo e Ana Carolina em frente a uma das muitas réplicas fantásticas que há no museu

Outra das réplicas com seus detalhes rebuscados

Extintor de incêndio utilizado em embarcações e coloca a mostra no museu

Equipamentos (no caso de mergulho) relacionado à conquista dos oceanos pelo homem

Ana Carolina e a réplica do Titanic

Painel que retrata a escadaria do salão de jantar do Titanic (à minha direita um amostra entalhada original da escadaria)

Depois de um lanchinho no McDonald's da Spring Garden Rd estamos esperando pela nossa carona com o Barry

À noite, o Barry nos levou para participarmos de um passeio em família bem típico dos canadenses, assistir a um jogo de Hockey. É de se perguntar, como é que pode. As equipes que estavam jogando sequer são profissionais e a maioria dos jogadores ainda não atingiu a idade para poder ser contratado para jogar na NHL (National Hockey League), o que somente acontecerá quando o atleta completar 21 anos de idade, mas o espetáculo, embora acanhado para os padrões das ligas profissionais, dá uma lição de organização se comparada aos nossos campeonatos de futebol, inclusive o  tão decantado Brasileirão da Série A. Instalações confortabilíssimas para 10 mil pessoas, em arena coberta, climatização em funcionamento e organização para compra de tíquetes e saída ao final do jogo.

O único problema é que acho que somos pé-frios. Justo nesse dia, o time da casa, Halifax Moosehead, perdeu para um oponente de New Brunswick, 5 a 1, depois de ter vencido o jogo anterior, na sexta-feira, contra Moncton, também de New Brunswick, por 5 a 3.

Ana Carolina e Paulo aguardando o início do jogo de sábado

Pouco antes do início da partida


Um comentário:

  1. Que interessante toda essa história do Museu visitado. As fotos estão lindas família. Beijosss

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