domingo, 12 de fevereiro de 2012

De Halifax a Toronto - 08 de fevereiro de 2012

Nesse dia, levantamos cedo para terminar de ajeitar as bagagens, tomar e nos prepararmos para a ida ao aeroporto, já que estávamos de partida para Toronto e precisávamos nos despedir da Crystal, que sairia cedo para o trabalho. Por volta de 08h15am, a Emma e o Braden, acompanhados da mãe da Emma, chegaram na casa do Barry, pois eles queriam levar a Ana Carolina no aeroporto. Foi uma boa ideia, já que estávamos com quatro malas grandes e daria um trabalho danado arrumá-las na Sportage do Barry.

Chegamos com bastante antecedência no aeroporto e fomos direto para o check in. A boa notícia foi a de que, mesmo estando indo para um voo doméstico, já que só voltaremos ao Brasil na próxima semana, a AirCanada não cobrou nenhum excesso de bagagens (para voos domésticos o limite é de uma mala, de até 23 Kg, por pessoa), pois consideraram que este voo fazia parte do roteiro da volta. No mais, foi tudo sem novidade.

A parte triste da história foi a despedida da Ana Carolina de seus amigos e do Barry. Deu para sentir que, nesse tempo que a Ana Carolina passou em Dartmouth, ela conquistou as pessoas com quem se relacionou e deixou amigos de verdade no Canadá.

Detalhes sobre o aeroporto de Halifax (Halifax Stanfield International Airport): se comparado a outros por quais passamos na América do Norte, é pequeno, mas, embora Halifax tenha apenas em torno de 400.000 habitantes, a estrutura é muito bonita e bem equipada, com 31 portões de embarque e 12 pontes de embarque. Só para comparar, o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em Curitiba, tem 10 portões de embarque e 06 pontes de embarque. Embora seja um aeroporto moderno e seguro, do ponto de vista técnico e de informatização, ainda temos um belo caminho pela frente para termos em Curitiba (e no Brasil de modo geral) aeroportos de padrão internacional para recebermos a Copa do Mundo em 2014.

Emma e Braden, os grandes amigos canadenses da Ana Carolina

Barry, o host father da Ana Carolina

Despedida no aeroporto de Halifax


Saímos de Halifax às 10h45am e chegamos em Toronto às 12h10pm. Foram em torno de 2 horas de voo, considerando uma hora a menos de fuso horário. Pegamos nossas malas e fomos procurar por um táxi. Ponto para a organização dos administradores do Aeroporto de Toronto, a localização dos táxis que operam no local foi bastante fácil e a orientação para qual táxi pegar foi melhor ainda. Explico, várias pessoas chegaram ao mesmo tempo ao local de embarque e a pessoa que estava organizando o serviço perguntava por duas informações essenciais: número de pessoas e número de bagagens. Pronto, com essas informações simples ela direcionava o passageiro, ou passageiros, a um determinado veículo que pudesse atender as necessidades. Simples assim, não precisa de computadores especiais, sistemas informatizados da NASA ou engenheiros quânticos. Na grande maioria das vezes uma solução simples, como a descrita, faz toda a diferença para o usuário.


Pegamos o tal táxi e este nos trouxe até o hotel por CAD 55, algo em torno de R$ 100. Dois detalhes importantes sobre a questão da acomodação. Primeiro, fizemos a busca do hotel e a reserva pelo site booking.com, que também possui app para iOS e Android. Segundo, o hotel, até o momento tem atendido todas as nossas expectativas. É confortável, bem localizado, limpo, oferece uma boa gama de serviços sem custos adicionais. É o típico hotel para quem pretende aproveitar a cidade e não o hotel propriamente dito, pois não tem áreas de recreação, entretenimento e, para quem está viajando de carro, não dispõe de estacionamento.


Embora tivesse lido bons reviews sobre o site booking.com e sobre o hotel que escolhemos por meio dele, ainda estava um pouco preocupado sobre a fidelidade do site, tanto em fazer a reserva quanto com relação à qualidade e confiabilidade dos reviews dos hotéis. Foi uma agradável surpresa. Recomendamos o uso.

Quarto do Hotel Victória em Toronto

Quarto bem espaçoso e bagunçado com a nossa chegada


Depois de feito o check in no hotel e deixado as malas no quarto, fomos procurar por uma refeição, pois já eram 2pm e a fome estava batendo. Como não ainda não estávamos ambientados com a região, caminhamos até o Eaton Centre, um mega shopping center localizado a menos de quatro quadras do hotel, e comemos por lá. Depois de almoçar, fomos caminhar pelas redondezas e conhecer os edifícios antigo e novo da prefeitura de Toronto.

Tempo para um comentário sobre os edifícios da prefeitura. Segundo conta a história, a construção e a mudança da prefeitura, do prédio antigo para o novo, causou comoção na população da cidade e muita discussão. Não entendia muito bem por que isso, até conhecer o prédio antigo da prefeitura. É lindo, espetacular. Se fosse morador de Toronto iria ficar chateado também. Tudo bem que com o passar do tempo e com o crescimento da estrutura de administração das cidades muitas vezes se faz necessária a construção de novos edifícios para hospedar novas estruturas, mas o cerne do poder do município não precisava abandonar uma edificação tão bonita e tradicional. Mas quem sou eu para querer dar pitaco na cidade dos outros.

Em frente à prefeitura nova há uma praça, chamada Nathan Philips Square, onde há, durante o período de inverno, um rinque de patinação. Ficamos um tempo assistindo às pessoas patinar, algumas aprendendo (leia-se, tomando vários tombos) e outras com bastante habilidade. É um programa para toda a família, havia vários casais com crianças pequenas patinando no local. Para quem não possui equipamentos, é possível alugar os patins no local.

Outra coisa muito bacana de Toronto é o PATH, um conjunto de corredores subterrâneos que forma, segundo o GUINESS BOOK, o maior complexo de comércio abaixo do solo, com aproximadamente 28 quilômetros de extensão e mais de 371 mil metros quadrados de área. A história do PATH começou em 1900, quando a Eaton's Department Store construiu um túnel por baixo da James Street para permitir que seus usuários pudessem acessar um edifício secundário da grande loja de departamentos. Esse precursor do PATH é utilizado até hoje como parte do sistema. 

Utilizando o sistema de túneis é possível caminhar por praticamente todo o centro financeiro e comercial da cidade sem a necessidade de se expor às condições adversas do clima. Os túneis ligam boa parte dos principais edifícios do centro da cidade e permitem aos usuários ir de um prédio ao outro sem sequer ver a luz do sol (no caso, sem sentir o vento gélido e sem ver o cinza do céu). O único senão do PATH, e que a prefeitura promete resolver dentro em breve, é a dificuldade de se orientar pelos mapas disponíveis para a infinidade de corredores. Os desaviados podem não saber exatamente onde estão e sair antes ou depois do local desejado. Dependendo das condições climáticas é o tipo de equívoco pelo qual ninguém quer passar.

Prefeitura antiga de Toronto

Prefeitura nova de Toronto

No inverno a praça na frente da prefeitura se transforma em ringue de patinação

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