Gostaríamos de agradecer imensamente a todos que estão nos acompanhando nessa viagem. Tem sido um imenso prazer para nós dividir com cada um de vocês tudo o que temos visto e sentido durante essa aventura.
Debora, até poderíamos ter feito um tour como o que você sugeriu, mas não daria tempo de muitas outras coisas. Na verdade, três dias em Washington não é nada. Para você ter uma ideia, o ideal seria um dia para cada um dos museus do Smithsonian Institute e mais uns dois ou três dias para os memoriais. De qualquer maneira, passamos em vários dos locais citados no filme, como os memoriais dos presidentes, o Capitólio, o Jardim Botânico, a Freedom Plaza, o Smithsonian Castle e a National Cathedral (da qual falaremos hoje). Infelizmente não houve tempo para muita coisa. Mas assim é bom, fica aquela vontade de voltar uma vez mais. Quem sabe, não é?
Mãe, com certeza a Ana Carolina está recebendo uma aula de história e de geografia a cada dia que saímos para passear. Agora vai depender apenas dela o uso que ela vai fazer da oportunidade que nós demos a ela.
Bia, de fato, o Capitólio é mais bonito que a Casa Branca e isso tem motivos. O Capitólio é a casa do povo e a Casa Branca é apenas a casa do Presidente, embora poderoso, é apenas o servidor número 1 do povo que o elegeu. Na visão dos "pais fundadores" do país, o ponto principal da capital do país deveria ser o Capitólio, e não a Casa Branca. Inclusive no White House Visitor Center é possível conhecer essa história melhor (como fizemos ontem). Houve, para você ter uma ideia, uma primeira dama que, nos primórdios da país, quis modificar o projeto da Casa Branca, deixando-a mais parecida com um palácio europeu. Essa ideia foi veementemente rejeitada, justamente por que a ideia é de a casa do presidente não rivalize com a casa do povo. Avise o Seu Juarez e a Dona Raquel que os recados foram dados para a Ana Carolina.
Edson e Maria Luiza, obrigado pelo carinho e, pode ter certeza, ficamos muito felizes de saber que vocês estão gostando de nos acompanhar.
O 3º dia em Washington
O dia de hoje não começou muito promissor, parecia que nada ia dar certo. O dia amanheceu, e permaneceu por toda a manhã, bastante chuvoso. Não havia como fazer nenhum passeio a pé e a temperatura diminuiu bastante (pelo menos alguma coisa boa).
Tentamos sair a pé para tomar o café da manhã e depois decidir o que fazer, no entanto, nem isso foi possível. Tivemos que pegar o carro e mudar todo o planejamento. Resolvemos ir até o Eastern Market para conhecer e, de repente, tomar o café da manhã por lá. Não deu também. Chegamos lá e vimos que o mercado é uma grande feira que ocupa várias ruas da área de Capitol Hill. Tudo muito bonito, mas estava chovendo muito.
O que fazer então? Pedimos ajuda ao GPS e a mocinha que fica lá dentro nos mostrou onde ficava o Starbuck's mais próximo (nessa altura, quase 10h, tínhamos que apelar para o que conhecíamos). Tomamos nosso café e resolvemos ir ao Museu de História Americana. Foi uma agradável surpresa. Não que esperássemos nada ruim ou sem graça. Mas o fato é que superou nossas expectativas e mostrou-se mais interessante que os demais que já havíamos visitados. Infelizmente não conseguimos fazer decentemente todos os setores do museu, já que o carro ficou na rua e o tempo máximo de estacionamento era de 2 horas. Perdemos, apenas no primeiro pavimento, quase 1h30min. Subimos rapidamente ao terceiro pavimento para ver as mostras voltadas ao esporte, entrenimento e música, além das guerras americanas e política. Não deu para ver as mostras de vida americana e do ideal americano (essas ficam para a próxima).
Ana Paula em frente à Julia's Kitchen - as receitas desenvolvidas por Julia Child nessa cozinha foram o conteúdo de seu famoso livro de culinária Julia's Kitchen Wisdom (2000). Por causa desse livro, uma outra americana, chamada Julie Powel, resolveu experimentar cada uma das 524 receitas, uma por dia, e, daí, escreveu o livro Julie & Julia, o qual deu origem ao filme homônimo de 2009, dirigido por Nora Ephron, com Meryl Streep, no papel de Julia Child, e Amy Adamns, no papel de Julie Powel.
As Anas em frente ao telescópio utilizado pela primeira astrônoma americana, Maria Mitchell
Eu e a Ana Carolina em frente da cartola utilizada por Abraham Lincoln
As Anas e as vestimentas de Abraham Lincoln e de sua esposa Mary Lincoln
As Anas na saída do Museu de História Americana - e dá-lhe chuva, dá uma olhada na corridinha dos dois cidadãos, no lado direito da foto.
Um dos ônibus antigos da exposição America on the move, uma fantástica viagem pela paixão que o americano tem por movimentar-se em seu país e pelo mundo.
Uma locomotiva a vapor da mesma exposição
O plano de Pierre L'Enfant, o arquiteto que planejor Washington e do qual já falamos ontem, para a cidade nova previa uma igreja no seu ponto mais elevado. Porém, apenas em 1907 Theodore Roosevelt lançou a pedra fundamental d catedral. A estrutura de estilo gótico tem mais de 152,5 metros de comprimento e torres gêmeas de 92 metros de altura. O órgão tem 10.250 tubos e há mais de 200 vitrais. Foi aqui que Martin Luther King Jr. fez seu último discurso, cinco dias antes de ser assassinado.
Eu e a Ana Carolina em frente à National Cathedral - quase que não deu para enquadrar as torres, a Ana Paula quase deitou no chão.
Um dos mais de 200 vitrais existentes no interior da catedral
As Anas no corredor principal da National Cathedral - impressional o tamanho, é impossível assistir a uma missa daí do fundo sem a ajuda de um bom sistema de som e imagem. Há várias telas de LCD nas colunas para que se acompanhe as celebrações.
As Anas no altar principal
The Pentagon Cross - cruz feita com destroços da face do Pentágono que foi atacada em 11 de setembro de 2001. Doada pelo Chefe dos Capelães do Exército americano
Vista da National Cathedral a partir do Bishop's Garden, ao lado da catedral - outro local fantástico
Depois de alimentados, novamente com a ajuda da mocinha do GPS, fomos visitar a Union Station. Pois bem, a emoção de conhecer lugares novos, às vezes nos faz ficar um pouco "colados" (sabe como é, "colar as placas", fazer coisas sem muito planejamento...). Se tivéssemos dado apenas uma lida no guia de Washington hoje (e olha que já o havíamos lido umas trinta vezes) nós teríamos visto que as opções de lugares para comer na Union Station era enorme e de excelente qualidade (muito melhor do que o Pizza Hut caído que fomos).
A Union Station, embora seja o que o nome diz, uma estação de trem, não é uma estação comum. De certo modo, a Union Station é mais um monumento histórico, só que nele você pode sentar e comer ou passar horas fazendo compras. Inaugurada em 1907, a Union Station foi totalmente restaurada e recuperada da degradação em 1981, ao custo de US$ 160 milhões. O saguão principal é impressionante, tem 30 metros de altura e, nele, seria possível colocar o monumento de Washington deitado. Há, na ornamentação do teto, mais de 34 Kg de folhas de ouro e sua arquitetura foi inspirada no banhos romanos de Diocleciano. A Union Station atende hoje mais de 24 milhões de passageiros por ano.
O Main Hall da Union Station e suas estátuas que representam temas como a tecnologia, os transportes e o comércio
A vista para o outro lado do Main Hall da Union Station
Uma das muitas escadarias originais restauradas e que hoje fazem parte da área comercial da Union Station
As meninas depois de umas comprinhas na Victoria's Secret da Union Station (até isso tem lá)