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sábado, 10 de julho de 2010

Washington, 3º dia - 10 de julho de 2010

Seção Carta do Leitor

Gostaríamos de agradecer imensamente a todos que estão nos acompanhando nessa viagem. Tem sido um imenso prazer para nós dividir com cada um de vocês tudo o que temos visto e sentido durante essa aventura.

Debora, até poderíamos ter feito um tour como o que você sugeriu, mas não daria tempo de muitas outras coisas. Na verdade, três dias em Washington não é nada. Para você ter uma ideia, o ideal seria um dia para cada um dos museus do Smithsonian Institute e mais uns dois ou três dias para os memoriais. De qualquer maneira, passamos em vários dos locais citados no filme, como os memoriais dos presidentes, o Capitólio, o Jardim Botânico, a Freedom Plaza, o Smithsonian Castle e a National Cathedral (da qual falaremos hoje). Infelizmente não houve tempo para muita coisa. Mas assim é bom, fica aquela vontade de voltar uma vez mais. Quem sabe, não é?

Mãe, com certeza a Ana Carolina está recebendo uma aula de história e de geografia a cada dia que saímos para passear. Agora vai depender apenas dela o uso que ela vai fazer da oportunidade que nós demos a ela.

Bia, de fato, o Capitólio é mais bonito que a Casa Branca e isso tem motivos. O Capitólio é a casa do povo e a Casa Branca é apenas a casa do Presidente, embora poderoso, é apenas o servidor número 1 do povo que o elegeu. Na visão dos "pais fundadores" do país, o ponto principal da capital do país deveria ser o Capitólio, e não a Casa Branca. Inclusive no White House Visitor Center é possível conhecer essa história melhor (como fizemos ontem). Houve, para você ter uma ideia, uma primeira dama que, nos primórdios da país, quis modificar o projeto da Casa Branca, deixando-a mais parecida com um palácio europeu. Essa ideia foi veementemente rejeitada, justamente por que a ideia é de a casa do presidente não rivalize com a casa do povo. Avise o Seu Juarez e a Dona Raquel que os recados foram dados para a Ana Carolina.

Edson e Maria Luiza, obrigado pelo carinho e, pode ter certeza, ficamos muito felizes de saber que vocês estão gostando de nos acompanhar.

O 3º dia em Washington

O dia de hoje não começou muito promissor, parecia que nada ia dar certo. O dia amanheceu, e permaneceu por toda a manhã, bastante chuvoso. Não havia como fazer nenhum passeio a pé e a temperatura diminuiu bastante (pelo menos alguma coisa boa).

Tentamos sair a pé para tomar o café da manhã e depois decidir o que fazer, no entanto, nem isso foi possível. Tivemos que pegar o carro e mudar todo o planejamento. Resolvemos ir até o Eastern Market para conhecer e, de repente, tomar o café da manhã por lá. Não deu também. Chegamos lá e vimos que o mercado é uma grande feira que ocupa várias ruas da área de Capitol Hill. Tudo muito bonito, mas estava chovendo muito.

O que fazer então? Pedimos ajuda ao GPS e a mocinha que fica lá dentro nos mostrou onde ficava o Starbuck's mais próximo (nessa altura, quase 10h, tínhamos que apelar para o que conhecíamos). Tomamos nosso café e resolvemos ir ao Museu de História Americana. Foi uma agradável surpresa. Não que esperássemos nada ruim ou sem graça. Mas o fato é que superou nossas expectativas e mostrou-se mais interessante que os demais que já havíamos visitados. Infelizmente não conseguimos fazer decentemente todos os setores do museu, já que o carro ficou na rua e o tempo máximo de estacionamento era de 2 horas. Perdemos, apenas no primeiro pavimento, quase 1h30min. Subimos rapidamente ao terceiro pavimento para ver as mostras voltadas ao esporte, entrenimento e música, além das guerras americanas e política. Não deu para ver as mostras de vida americana e do ideal americano (essas ficam para a próxima).


Ana Paula em frente à Julia's Kitchen - as receitas desenvolvidas por Julia Child nessa cozinha foram o conteúdo de seu famoso livro de culinária Julia's Kitchen Wisdom (2000). Por causa desse livro, uma outra americana, chamada Julie Powel, resolveu experimentar cada uma das 524 receitas, uma por dia, e, daí, escreveu o livro Julie & Julia, o qual deu origem ao filme homônimo de 2009, dirigido por Nora Ephron, com Meryl Streep, no papel de Julia Child, e Amy Adamns, no papel de Julie Powel.

As Anas em frente ao telescópio utilizado pela primeira astrônoma americana, Maria Mitchell

Eu e a Ana Carolina em frente da cartola utilizada por Abraham Lincoln

As Anas e as vestimentas de Abraham Lincoln e de sua esposa Mary Lincoln

As Anas na saída do Museu de História Americana - e dá-lhe chuva, dá uma olhada na corridinha dos dois cidadãos, no lado direito da foto.

Um dos ônibus antigos da exposição America on the move, uma fantástica viagem pela paixão que o americano tem por movimentar-se em seu país e pelo mundo.

Uma locomotiva a vapor da mesma exposição

Depois de sairmos do Museu de História Americana, infelizmente sem conseguir ver tudo, fomos em direção à National Cathedral, lá pelas 12h30min, e rezando para que a chuva desse uma chance. Parece que o Homem Lá de Cima sempre se anima com quem quer conhecer as maravilhas eregidas para glorificá-lo. Não é que a chuva parou. Começou um vento meio chato e frio, mas que parou de chover, parou. No caminho para a National Cathedral passamos pelo famoso bairro de Georgetown, com suas ruas de pedra, casas germinadas de estilo vitoriano com mais de 200 anos e lojas e butiques de marcas famosas. O local é muito bonito e demonstra todo o poderio financeiro de quem mora na região.

O plano de Pierre L'Enfant, o arquiteto que planejor Washington e do qual já falamos ontem, para a cidade nova previa uma igreja no seu ponto mais elevado. Porém, apenas em 1907 Theodore Roosevelt lançou a pedra fundamental d catedral. A estrutura de estilo gótico tem mais de 152,5 metros de comprimento e torres gêmeas de 92 metros de altura. O órgão tem 10.250 tubos e há mais de 200 vitrais. Foi aqui que Martin Luther King Jr. fez seu último discurso, cinco dias antes de ser assassinado.


Eu e a Ana Carolina em frente à National Cathedral - quase que não deu para enquadrar as torres, a Ana Paula quase deitou no chão.

Um dos mais de 200 vitrais existentes no interior da catedral

As Anas no corredor principal da National Cathedral - impressional o tamanho, é impossível assistir a uma missa daí do fundo sem a ajuda de um bom sistema de som e imagem. Há várias telas de LCD nas colunas para que se acompanhe as celebrações.

As Anas no altar principal

The Pentagon Cross - cruz feita com destroços da face do Pentágono que foi atacada em 11 de setembro de 2001. Doada pelo Chefe dos Capelães do Exército americano

Vista da National Cathedral a partir do Bishop's Garden, ao lado da catedral - outro local fantástico

Saindo da catedral, por volta de 14h, fomos procurar um lugar para almoçar. Como não conhecíamos nada por perto (como não conhecemos grande coisa em qualquer outro lugar por aqui...rssss), pedimos para a mocinha do GPS nos levar à Pizza Hut mais próxima. localizada no bairro chamado Adams Morgan. Nos chamou a atenção a grande quantidade de latinos no lugar. Nos pareceu um lugar um pouco mais degradado da cidade. Embora, degradado por aqui, entenda como melhor do que muito bairro metido a bacana em Curitiba.

Depois de alimentados, novamente com a ajuda da mocinha do GPS, fomos visitar a Union Station. Pois bem, a emoção de conhecer lugares novos, às vezes nos faz ficar um pouco "colados" (sabe como é, "colar as placas", fazer coisas sem muito planejamento...). Se tivéssemos dado apenas uma lida no guia de Washington hoje (e olha que já o havíamos lido umas trinta vezes) nós teríamos visto que as opções de lugares para comer na Union Station era enorme e de excelente qualidade (muito melhor do que o Pizza Hut caído que fomos).

A Union Station, embora seja o que o nome diz, uma estação de trem, não é uma estação comum. De certo modo, a Union Station é mais um monumento histórico, só que nele você pode sentar e comer ou passar horas fazendo compras. Inaugurada em 1907, a Union Station foi totalmente restaurada e recuperada da degradação em 1981, ao custo de US$ 160 milhões. O saguão principal é impressionante, tem 30 metros de altura e, nele, seria possível colocar o monumento de Washington deitado. Há, na ornamentação do teto, mais de 34 Kg de folhas de ouro e sua arquitetura foi inspirada no banhos romanos de Diocleciano. A Union Station atende hoje mais de 24 milhões de passageiros por ano.


O Main Hall da Union Station e suas estátuas que representam temas como a tecnologia, os transportes e o comércio

A vista para o outro lado do Main Hall da Union Station

Uma das muitas escadarias originais restauradas e que hoje fazem parte da área comercial da Union Station

As meninas depois de umas comprinhas na Victoria's Secret da Union Station (até isso tem lá)

Assim, um dia que começou meio complicado e que parecia que seria meio perdido, acabou sendo mais um dia cheio e produtivo. Amanhã saímos cedo para Philadelphia, passando, antes, por Emmytsburg e Gettysburg. Como conseguimos fazer o post mais cedo hoje, estamos saindo para jantar. Amanhã a gente conta como foi.

Washington, 2º dia - 09 de julho de 2010

Seção Carta do Leitor

Como não poderia deixar de ser, começamos o post de hoje respondendo aos questionamentos de nossos amigos.

Neto, ontem não teve foto de comida por que o café da manhã foi no hotel e meio sem graça, o almoço foi em um McDonald's de beira de estrada e acabamos esquecendo de registrar (até por que, também, não tinha nada de novo) e a noite comemos no quarto do hotel - mas hoje vai ter, para você não ficar chateado. Vai que a gente perde um leitor só por causa de uma fotinho besta. Sobre o calor e o protetor, realmente você tem razão, são necessárias mais do que uma "de-mão" para suportar o sol que está fazendo por aqui.

Charline, eu acho que não iam vender os saquinhos dos cachorros no Brasil, e sabe porquê? Por que o administrador público no Brasil nunca nem iria pensar em algo dessa natureza para melhorar a qualidade de vida da população. Assim, não haveria nem os saquinhos para vender. Mas, se houvesse, venderiam...rssss.

Leliana e Moisés, o café deles é uma porcaria. Nada como o café brasileiro. O café padrão do americano é muito, mas muito fraco. É um legítimo "chafé". Quanto a pedágio, sim, há rodovias pedagiadas. Já passamos por algumas na região de Miami. Mas, nas que passamos, foi muito barato (US$ 1,25) e uma delas fica na ponte que ligava Miami a Key Biscaine. No restante do caminho não encontramos nenhum pedágio, que eles conhecem por aqui como toll. Sabemos, no entanto, que os encontraremos alguns daqui para frente. Com relação à fila da Ana Carolina pode ficar tranquila, não era fila do banheiro. Era a fila dos que precisavam de comida durante a recessão da década de 30. Sobre os locais que visitaremos em Washington você poderá ler hoje sobre o Air and Space Museum e sobre o National Museum of Natural History. No National Museum of American Indian não iremos (questão de escolha), a National Cathedral visitaremos amanhã, o Museu Aeroespacial, sobre o qual você também falou, é o mesmo Air and Space Museum, Georgetown não faz parte do nosso roteiro também, já o Eastern Market, se der tempo, amanhã daremos uma passada por lá, para conhecer e sentir o clima. Já com relação à praia, não foi possível aproveitarmos. Havíamos planejado, mas não houve tempo suficiente. Foi questão de escolha também.

Mãe, o show do Jack Johnson, ao qual iremos, será em New York, no dia 14 de julho, no Madison Square Garden. A Ana Carolina mandou dizer que está aguentando....mais ou menos. Que bom que vocês estão gostando do blog e da maneira como escrevemos, vamos procurar melhorar mais ainda. Avisa o pai que não quero ver espaço em branco no album quando eu voltar. Senão fica de castigo....rssss.

Seção passeio do dia - Washington - 2º dia

Para não perder o costume, já que ontem tomamos café da manhã no hotel, hoje fomos ao Starbuck's que, por uma coincidência infeliz da vida, fica na esquina do hotel. Alimentados, saímos dali, passamos em uma CVS (rede de farmácias - que parecem supermercados) para comprar água (item indispensável por esses dias) e partimos em direção ao East Mall e seus museus.

A primeira parada foi no Smithsonian Castle, um conjunto de torres e agulhas de aspecto gótico que foi concluído em 1855. James Smithson, cientista inglês que morreu em 1829, deixou uma doação de US$ 500 mil dólares para que os Estados Unidos criassem um estabelecimento para fomentar e difundir o conhecimento. Smithson nunca foi aos EUA, mas achava que a liberdade que o jovem país oferecia seria um excelente ambiente para o crescimento da ciência pura. Depois de algum tempo avaliando a questão, o governo dos EUA aceitou a doação e criou um Instituto com a finalidade desejada pelo cientista Smithson. O que era apenas um sonho, hoje transformou-se em 15 museus e centros de pesquisa.


As Anas em frente ao Smithsonian Castle

A torre principal do Smithsonian Castle

Depois do Smithsonian Castle, fomos direto ao National Air and Space Museum, um incrível museu que narra a história da paixão do homem pela ideia de voar. Talvez um dos aspectos mais impressionantes do Air and Space Museum seja o fato de que a maioria de suas peças cobrem um período de pouco mais de cem anos, com aeronaves que vão do planador de Otto Lilienthal, de 1894, à nave espacial Voyager. A coleção mostra o quanto a tecnologia da aviação avançou em pouco mais de um século.

Como tudo que vimos até agora em Washington, o Air and Space museum não foi diferente, é espetacular. O pé direito do edifício é altíssimo e, nesse grande espaço livre, é possível encontrar um sem número de aeronaves penduradas, presas à estrutura como se fossem simples mobiles infantis. No entanto, são aviões em seu tamanho e características originais. É possível entrar em aviões da metade do século passado, decorados como se ainda estivessem em operação, ter contato com as primeiras cápsulas espacias tripuladas e observar todos os estragos feitos pelo atrito com o ar na reentrada do equipamento na atmosfera terrestre, além de interagir com equipamentos mecânicos e eletrônicos que possibilitam ao visitante compreender o funcionamento das máquinas voadoras.


O saguão de entrada do Air and Space Museum

Um dos muitos setores de miniaturas de aviões
Os primórdios da aviação comercial

Uma das muitas turbinas em exposição

Mais uma das turbinas

Painel da área das viagens espaciais

Os foguetes em exposição no museu

Alguns dos vários "aviões-móbiles" do museu

A fachada do Air and Space Museum e o solzinho que estava fazendo na hora em que a gente saiu de lá

Saímos do National Air and Space Museum por volta de 13h, logo depois de termos almoçado por lá mesmo. Há uma praça de alimentação, que na verdade é um McDonald's gigante e que tem a linha de produção de fast-food mais impressionante que já vi. Tanto do ponto de vista do tamanho, quanto do ponto de vista da velocidade e organização da linha de produção. É muita gente pedindo ao mesmo tempo, assim, você faz o pedido em um caixa, paga no seguinte e quando chega no balcão, tudo em locais pré-determinados, seu lanche já está praticamente pronto. Quase não se formam filas e, apesar do número gigantesco de visitantes, em pouco mais de 3 ou 4 minutos já saí com nosso almoço. Outra coisa interessante é que as mesas são dispostas como se fossem para um churrasco de festa de igreja. Grandes linhas de mesas onde as pessoas vão se sentando umas ao lado das outras, mesmo sem se conhecer, e aí se alimentam como se fizessem parte de uma gigantesca família.


O refeitório de quermese do McDonald's do Air and Space Museum

Do Air and Space Museum fomos ao Jardim Botânico de Washington que fica bem próximo ao Capitolium. Foi uma visita na medida para o horário, já que no interior das estufas a temperatura estava muito mais agradável. É o jardim botânico mais antigo da América do Norte, sendo de 1844, e é um local excelente para fugir um pouco da multidão que visitam os demais museus. Há vários setores, além de uma passagem suspensa entre a vegetação e um jardim só para crianças, onde essas podem se divertir molhando as folhagens do local.


Entrada do Jardim Botânico de Washington

Setor do Hawaii no Jardim Botânico

A Ana Carolina na saída do Jardim Botânico

Terminado nosso passeio no Jardim Botânico, fomos ao Capitolium. Erguendo-se com sua majestosa cúpula branca no horizonte da cidade, o Capitolium é um dos mais famosos cartões postais de Washington. E não é acidental que ele seja visível de praticamente todos os pontos da cidade. Quando o arquiteto Pierre L'Enfant projetou a cidade, colocou-o bem no centro e fez todas as grandes avenidas se irradiarem a partir dele. No entanto, o projeto do Capitolium propriamente dito não é de Pierre L'Enfant, mas de William Thorton, um médico de Tortola que nunca havia estudado arquitetura, até que ouviu falar do concurso organizado por George Washington e Thomas Jefferson, estudou por meses a fio e apresentou o projeto vencedor do que viria a ser o que hoje é conhecido por Capitolium.

É possível visitar o interior do prédio, mas isso demanda antecedência e paciência na fila de espera para conseguuir receber um dos tickets que são distribuídos diariamente a partir das nove horas. O detalhe é que é necessário chegar lá pelas 07h30min para ter certeza de que irá conseguir, principalmente nessa época de férias de verão e visitas dos famosos Camps (uma espécie melhorada das nossas colônias de férias).

O prédio do Capitólio impressiona mesmo de fora, fico imaginando por dentro. É gigantesco e sua arquitetura, sua Reflecting Pool e os jardins ao seu redor complementam o ar de imponência da obra. É o tipo de lugar obrigatório de se conhecer para se entender o modo de pensar do americano e, em especial, dos "pais fundadores" da nação.


Nas escadarias do Capitólio

Eu e a Ana Paula na mesma escadaria

Em frente ao Capitólio com o Monumento de Washington ao fundo

Tomando um fôlego sob a sombra de uma árvore nos gramados do Capitólio

Terminado o passeio no Capitólio e depois de tomar o fôlego da foto acima, partimos para mais uma boa caminhada sob o sol impiedoso da tarde e fomos em direção ao National Museum of Natural History.

Pausa para dois comentários da Ana Paula. Primeiro, ela acha que vai voltar menor do que já é para o Brasil. De acordo com ela, suas pernas já desgastaram, mais ou menos, uns 15 centímetros. Segundo comentário, do Tico e do Teco, só sobrou o Tico. O Teco morreu sufocado e cozido sob o sol de quase 40ºC das ruas de Washington.

Pausa II. Comentário da Ana Paula sobre a Ana Carolina. Ela está arrebentando os corações de branquelos, negrões e indianos (não sei por que, mas ô lugar pra ter indiano).

Voltando do intervalo. Chegamos ao Museu de História Natural lá pelas 15h. Esse museu é tudo que um museu de ciência deve ser e um pouco mais. Por mais de 150 anos, cientistas da Smithsonian Institute viajaram o globo o para estudar os mistérios do mundo natural e os expuseram para que todos possam apreciar.

Já na entrada não tem como não ficar maravilhado com o elefante que domina o espaço e com a gigantesca rotunda que adorna o teto. São dois andares de exposição que passam pelo mundo fóssil, os primórdios do homem, minerais e pedras preciosas, insetos e os concorridíssimos dinossauros, sendo o mais famoso o Dinosaur Hall. Em uma tarde é possível percorrer todas as alas do museu, no entanto, para se conhecer tudo, de verdade, levariam dias e dias. Impressiona a quantidade gigantesca de itens existentes no museu, a forma como é catalogado, qualidade dos expositores, a atualidade do ambiente e a ausência de seguranças no local, a despeito de todo o valor que cada um daqueles itens possui. E mesmo assim, está tudo lá, numa aparente demonstração de respeito e civilidade.


A Ana Carolina em frente ao Museu de História Natural de Washington

O elefante que domina a entrada do museu

Ana Paula e os esqueletos dos dinossauros

Ana Carolina e a baleia taxidermizada pendurada no teto

As Anas com mais um dos animais taxidermizados do museu

Depois de sairmos do Museu fizemos mais uma grande caminhada de volta ao hotel, onde chegamos por volta de 19h30min.

Pausa para mais um comentário da Ana Paula. O Tico, único sobrevivente, a essa altura estava em coma na UTI.

Amanhã visitaremos o Museu de História Americana pela manhã, também localizado no East Mall e, depois do almoço, devemos pegar carro e visitar a Catedral Nacional, o memorial de George Washington de Alexandria e a Union Station. Se der tempo passaremos no Eastern Market. Mas isso é história para amanhã.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Washington - 08 de julho de 2010

Comentários e mensagens

Como sempre, vamos começar respondendo aos comentários de nossos amigos.

Paloma, com relação à estrutura das estradas, em virtude de sua viagem com a família, pode ficar bastante tranquila. Vocês não vão encontrar nenhum tipo de dificuldades. As condições são as melhores possíveis, tanto nas instalações dos prestadores de serviços, como os postos de combustíveis, restaurantes, lanchonetes e hotéis, quanto nas áreas de descanso (rest areas) e centros de recepção de visitantes (welcome visitor centers). Venham sossegados.

Bia, Raleigh é maior do que St Augustine, Savannah e Charleston, mas é menor do que Miami. O que chama a atenção é que, mesmo sendo maior do que, por exemplo, Charleston, ela é muito mais organizada, limpa, com espaços públicos muito amplos (ruas, praças e prédios) e bairros residênciais que parecem que saíram de filmes, de tão bonitos e calmos. Quanto à questão dos posts em Washington, sim, vamos continuar postando todos os dias, no entanto, provavelmente mais tarde do que nas outras cidades, tendo em vista que aqui a gente volta mais tarde, já que precisamos "camelar" muito para dar conta de conhecer tudo. E tem que andar, não tem outro jeito.

Erivelton, a ideia da bicicleta é muito boa, o problema é que eu teria que comprar ou alugar uma bicicleta do tipo daquelas que os chineses usam para transportar os turistas, já que nenhuma das duas Anas sabe pedalar. Acredita nisso. Aí só eu ia perder os quilos extras e, no meu caso, acho que não é uma boa ideia. Ia virar "pena e bico".

Vera, pode ter certeza que a viagem está sendo maravilhosa e, até agora, não temos nada, nem uma palavrinha sequer, a falar sobre os serviços prestados pela sua agência. Inclusive, já aproveitando para fazer uma propaganda da nossa amiga Vera, recomendo aos meus amigos que queiram viajar a, pelo menos, fazer uma consulta com ela. Vocês não vão se arrepender.

Neto, realmente o clima até agora ajudou bastante, pelo menos no quesito ausência de chuva. Porém, como nada é perfeito, o calor que faz aqui, meu amigo, é de fritar ovo em asfalto. Hoje, para você ter uma ideia, estava 100º F, algo como 37,8ºC, quando fomos iniciar nosso passeio em Washington. A Ana Carolina mandou dizer para o Mateus que é ele que é lindo.

Leliana e Moisés, quanto à pergunta sobre as pessoas em Washingto, por enquanto, não percebemos diferença em relação ao americano médio com o qual tivemos contato. O trânsito é super pesado, mas bastante organizado, e a Casa Branca, por incrível que pareça, é branca.

Mãe, você pode continuar utilizando o quadro de mensagens rápidas do nosso blog, mas começa a postar comentários no quadro de comentários de cada um dos posts. Assim, sempre estará visível para todos que acessarem cada um dos posts.

Daniel Conde, a Ana Carolina tentou mandar o seu olá para o Obama, quando estivemos na Casa Branca, no entanto, parece que ele estava um pouco ocupado com algumas coisas insignificantes e não pode nos atender.

Ao Anônimo que deixou um comentário bem bacana no post sobre Raleigh, ficamos felizes que estejam gostando de nosso blog e que será útil para o planejamento da viagem de vocês pelos Estados Unidos. Já nos colocamos à disposição para ajudar no que for possível na elaboração do roteiro de vocês. Respondendo à pergunta que você deixou, sim, é possível fazer o percurso de Miami direto a Savannah e de Savannah direto a Washington. Será bastante cansativo, mas perfeitamente possível. Já que vocês tem um pouco menos de tempo, acho apropriada a eliminação de Charleston e Raleigh do roteiro. No entanto, se para vocês for possível, recomendaria uma parada em St Augustine e St Augustine Beach. Vale muito a pena. A cidade é maravilhosa e ainda dá para aproveitar os outlets para fazer boas compras sem a atmosfera de vendedores do Paraguai que você pode encontrar em alguns shoppings e outlets de Miami.

Aos amigos Edson Manassés, Andrea, nossa afilhada Bianca, Guilherme, Thaís, Dimas, Paty e Coronel Matke, um grande abraço e ficamos muito felizes de saber que vocês estão gostando de acompanhar nosso blog e agradecemos os recados deixados.

Washington/DC - o 1º dia

Vamos ao que muita gente estava morrendo de curiosidade de saber.

Hoje foi o primeiro dia em tomamos nosso café da manhã no hotel, embora não soubessemos disso, a diária no hotel incluía o café da manhã continental. Melhor para nós. Economizamos tempo e dinheiro.

Depois do café, arrumamos nossas coisas, carregamos o carro, fizemos o check out e caímos na estrada. Fizemos uma parada na saída de Raleigh para abastecer o carro e tocamos viagem em direção a Washington. A viagem foi feita por quatro rodovias diferentes, a US 1, a I-85, a I-95 e a I-395 e durou, no total, 5h30min, já consideradas as paradas para almoço, nas rest areas (para dar uma esticada nas pernas) e no centro de visitantes da Virginia. Por falar nisso, um detalhe importante que nos chamou a atenção hoje, é que já passamos por cinco diferentes estados americanos até agora, mais o Distrito de Columbia (District of Columbia - que o significado de DC após o nome de Washington), que corresponde ao nosso Distrito Federal. Até o final vamos passar por mais quatro estados.


Eu e a Ana Paula no Centro de Visitantes de Virginia na I-85

As Anas em frente ao Centro de Visitantes da Virginia (é uma rest area também) na I-85

Detalhe da lixeira e dos pacotes para coleta de dejetos de animais de estimação disponibilizados gratuitamente em algumas rest areas (essa era a do Centro de Visitantes da Virginia) - todas tem, no entanto, áreas destinadas para animais de estimação

A chegada em Washington assusta um pouco. É uma loucura, tudo muito grande, tráfego pesado, auto-estradas passando por cima e por baixo de onde você está (não sei como as pessoas se viravam, de verdade, antes do tal do GPS) e, nesse caso, para ajudar, o nosso hotel fica bem no centro de tudo, a apenas duas quadras da Casa Branca e é gigantesco e luxuoso (um Hilton). A Ana Paula já estressou de cara, por ela a gente já fazia meia-volta e ia embora.

Pausa para um comentário sobre os hotéis. O mais simples que ficamos até agora foi o Quality Inn. Não vamos dizer que é a pior coisa do mundo. É "ficável", mas são os detalhes que fazem a diferença. Foi, por exemplo, o único hotel em que chegamos e o ar-condicionado do quarto ainda não estava ligado e que precisamos solicitar mais uma toalha na recepção. Isso demonstra uma certa desorganização. No restante, nada a reclamar. O mais importante, no entanto, é que todos, até agora, apresentaram-se bastante limpos. Talvez esse comentário tenha sido motivado pelo nível acima do normal dos demais hotéis. É uma possibilidade.

Voltemos ao assunto principal. Depois do check in, subimos, deixamos nossas coisas no quarto, que é uma beleza, caprichamos no protetor solar (as Anas aprenderam a lição), montamos o nosso kit turista (câmeras, guias, garrafas de água, bonés e mochilas) e fomos para a rua.

Começamos o passeio pela Lafayette Square, a praça que fica localizada imediatamente atrás da Casa Branca, e que é caminho a partir do hotel para se visitar o The Mall. O mais próximo que se consegue chegar da Casa Branca é pela parte de trás dela, que fica a, aproximadamente, uns 100 metros da grade, pois, pela frente, essa distância aumenta muito, não seria capaz nem de chutar quanto. O fato é que ela é impressionante e, realmente, passa toda a sua atmosfera de poder.


As Anas na Lafayette Square, com os fundos da Casa Branca ao fundo

Eu e Ana Carolina nos fundos da Casa Branca

Nós três em frente da Casa Branca

Depois de completada a volta na Casa Branca (e volta é no sentido literal, contornando a Casa Branca, por que volta por dentro, principalmente para estrangeiros, é quase impossível - há toda uma burocracia a ser cumprida para conseguir atualmente) partimos para conhecer o George Washington Memorial, aquela conhecido obelisco de Washington.

É óbvio que sempre soube que era alto e que simbolizava o poderio da cidade. Mas é só chegando perto do negócio é que você tem toda a percepção de sua imponência. O monumento é impressionante e muito bacana. É possível visitar o topo e ter uma vista, segundo dizem, fantástica de Washington. Infelizmente, quando chegamos já não haviam mais ingressos. Segundo consta, no verão (como agora), lá pelo meio-dia, já não há mais ingressos.


Olha eu e a Ana Carolina com o George Washington Memorial ao fundo

Eu e a Ana Paula nas proximidades do Washington Monument

Depois de nos impressionarmos com o Monumento de Washington, fomos visitar o memorial da II Grande Guerra. Um bonito conjunto de esculturas e fontes que representam os 50 estados americanos e o esforço de guerra para acabar com o conflito.


As Anas refrescando-se na fonte do Memorial da II Grande Guerra

No lado do Atlântico do Memorial da II Grande Guerra

No Memorial da II Grande Guerra - cada uma dessas colunas representa um dos estados dos Estados Unidos

Saímos do Memorial da II Grande Guerra e caminhamos pelas margens da Reflecting Pool, em direção ao Memorial do Vietnam, um impressionante muro de granito negro com a inscrição do nome dos 58.226 militares americanos mortos naquela que foi a guerra mais longa, até o momento, em que os Estados Unidos se envolveu.


O impressionante muro de granito negro com o nome dos militares gravados

Escultura dos três soldados, criada por Frederick Hart, que capta o medo e a incerteza da guerra no Vietnã

Passado o Memorial do Vietnã, fomos para o Lincoln Memorial, outra obra gigantesca e impressionante desse povo que não mede esforços para celebrar seus heróis e vultos históricos. A estátua de Abraham Lincoln tem 6 metros de altura e é feita em mármore. Tornou-se conhecida, além de fotos de guias turísticos, por passagens em vários filmes, como "Uma noite no museu II" (onde Lincoln levanta e sai andando por Washington) e nas cenas finais de Planeta dos Macacos (onde a estátua de Lincoln é substituída pela de um macaco). No lado interior norte há esculpido na parede parte do 2º discurso inaugural, onde Lincoln fala na necessidade de curar as feridas da nação, e no lado sul está esculpido o texto do famoso discurso de Gettysburg.


A Reflection Pool, com o Washington Memorial ao fundo, a partir do Lincoln Memorial

O Lincoln Memorial ao fundo

Escadaria do Lincoln Memorial

A famosa estátua de Lincoln ao fundo

Em frente ao texto do discurso de Lincoln, esculpido na parede norte do memorial

Saímos do Lincoln Memorial e fomos até o Memorial de Roosevelt. Não tão famoso e nem tão concorrido quanto o de Lincoln, mas, na minha modesta opinião, muito mais bonito e significativo. Talvez pelo alcance mundial que as decisões de Roosevelt tiveram, em constraste com as decisões de natureza interior de Lincoln. Um belo conjunto de cascatas, estátuas de bronze e jardins no lado sudoeste do Mall, o memorial de Roosevelt impressiona pelo seu ambiente calmo e em união com a natureza. Nas paredes do memorial há várias frases elaboradas por Roosevelt e que refletem seu pensamento e sua importância para a história dos EUA e do mundo.


Eu e Ana Carolina com Roosevelt

Eu e Ana Paula em uma das muitas cascatas do Memorial de Roosevelt

Eu e a Ana Carolina com Roosevelt e seu companheiro inseparável

Depois desse belo passeio, demos mais uma bela caminhada para visitar o memorial de Jefferson, após a ponte da Tidal Basin. Como o de Lincoln, o memorial de Jefferson impressiona pelo tamanho e pela beleza da arquitetura da construção em mármore, além, é claro, da estátua de 5,5 metros de bronze de Thomas Jefferson.


Ponte que liga o lago Tidal Basin ao rio Potomac com o Memorial de Jefferson e o Memorial de Washington ao fundo

Eu e a Ana Paula em frente ao Memorial de Thomas Jefferson

Eu e a Ana Carolina com a estátua de Jefferson ao fundo

Depois desse belo, longo e cansativo passeio, e com o sol se pondo, voltamos para o hotel, por volta de 20h30min, para descansarmos, mandarmos notícias aos nossos amigos-leitores e nos prepararmos para o dia seguinte.

Eu e a Ana Carolina em frente ao hotel, depois do passeio de hoje.

É isso aí pessoal, por hoje era isso. Amanhã tem mais.