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domingo, 12 de junho de 2011

Monterey, Carmel, US 1 e Santa Barbara, dia 9 de junho de 2011 - Esse dia precisava de 28 horas!!!

Esse sim era o dia que precisava de, pelo menos, 28 horas, para que pudéssemos fazer tudo que queríamos, e acabamos fazendo. Começamos o dia às 07h da manhã e, após café-da-manhã, terminar de arrumar as malas e fazer check-out no hotel, às 08h30min saímos em direção ao sul e a Monterey.

O trânsito entre San Francisco e San Jose, 48 milhas ao sul (em torno de 77 quilômetros), estava complicado e nos tomou um tempo precioso, além do tempo não estar ajudando muito (frio e chuvisco). Chegamos em Monterey por volta de 10h30min e fomos conhecer a Cannery Row, uma rua que ainda abriga muitas das edificações que, originalmente, eram fábricas de conserva de sardinhas e cujos frequentadores inspiraram John Steinbeck a escrever o romance de mesmo nome (outro que recomendo do mesmo autor é Of Mice and Men - Sobre homens e ratos). A rua foi decorada para evocar o passado e possui uma infinidade de pequenas lojas de souvenirs e restaurantes, além do Monterey Bay Aquarium, uma imponente estrutura que avança sobre o mar e propicia ótima vista da Monterey Bay. É imperdível a sensação de ficar apreciando o movimento do mar, seu aroma característico, sentindo o vento frio da baía, em um dos vários pontos de observação da Cannery Row.

Monterey - um dos pontos de observação da Cannery Row

Ponto de observação a partir do Monterey Bay Aquarium

Cannery Row em Monterey/CA

Bubba Gump em Monterey

Após nossa curta passagem por Monterey (se vierem para esses lados, reservem pelo menos um dia inteiro para Monterey, vale a pena e há vários bons hotéis na cidade) continuamos nossa viagem, agora pela US 1, conhecida como Pacific Coast Highway, em direção a Carmel e Carmel-by-the-sea. Demos uma passada pela última, onde acabamos almoçando em um simpático restaurante da cidade, o Stravaganza (241 Crossroads Blvd, Carmel, CA 93922), onde comemos uma deliciosa pasta. Carmel-by-the-sea é um refúgio dos artistas alternativos da Califórnia, no entanto, atualmente, a cidade fervilha em suas bonitas e bem cuidadas ruas, principalmente nos finais de semana, mas o visual da cidade e o cenário da praia salva o dia. Detalhe interessante da cidade: até hoje ela não dispõe de iluminação pública, e nem pense em falar sobre isso com os locais, é guerra na certa. Depois de almoçarmos por lá, abastecemos o carro e continuamos pela US 1 em direção a Santa Barbara.

Visual da praia de Carmel-by-the-sea no fim da Ocean Drive

Carmel-by-the-sea

Stravaganza - ótimo restaurante, boa dica

A viagem pela US 1 é sem paralelos. É muito difícil explicar em palavras a beleza dos cenários proporcionados pela rodovia de pista única, cheia de curvas e que cruza um parque nacional sensacional, chamado Big Sur. Para resumir o que é a rodovia, para quem conhece, imagine a Estrada da Graciosa, a estrada da Serra Dona Francisca ou a estrada da Serra do Rio do Rastro, no entanto, mais longa, com paredões de pedra de um lado e despenhadeiros que avançam sobre o mar, a alturas que variam de poucos metros a centenas de metros, do outro lado. Além disso, no meio do caminho, você atravessa o Big Sur, uma selva que se estende do baixo Carmel até as proximidades do Hearst Castle. Na região do Big Sur paramos em vários lugares para apreciar a vista e sentir o poder da natureza. Como disse o escritor Henry Miller, a região tem "o rosto da terra com a aparência que o Criador desejava que ela tivesse". Um dos locais que mais nos chamou a atenção foi a Bixby Bridge, cerca de 13 milhas (21 quilômetros) ao sul de Carmel, em virtude de ser uma das mais altas pontes de vão único do mundo.

Vista do Oceano Pacífico a partir da US1

Vista do Oceano Pacífico a partir da US1

Vista do Oceano Pacífico a partir da US1

Vista do Oceano Pacífico a partir da US1

A Bixby Creek Bridge vista a partir da US1 - impressiona

Vista do Oceano Pacífico a partir da US1

Vista do Oceano Pacífico a partir da US1

Vista do Oceano Pacífico a partir da US1

Vista do Oceano Pacífico a partir da US1

Vista do Oceano Pacífico a partir da US1

Vista do Oceano Pacífico a partir da US1

Depois de horas de curvas, com a montanha de um lado e o mar do outro (a centenas de metros de altura em alguns pontos) chegamos a Santa Barbara. Pausa para um comentário importante: valeu cada segundo de viagem e parada (e olha que foram muitas)!


Santa Barbara se anuncia a si mesma como a Riviera Americana. Sem outdoors, discreta e a apenas 1h30min de Los Angeles, a cidade, prática e simples, é, a décadas, refúgio da elite endinheirada da região: Ronald Reagan, Michael Douglas e Michael Jackson moraram por lá. A cidade é um espetáculo, pequena, tranquila, limpa, de arquitetura fortemente inspirada nas missões espanholas, e com um pier tão bonito quanto os de Santa Monica ou o de Huntington Beach, só que muito mais calmo e bem frequentado.


Dois pontos a serem observados em Santa Barbara. Primeiro, o hotel, embora limpo e relativamente bem localizado, tinha um cheiro de mofo muito forte, era de uma simplicidade espartana e não oferecia, por exemplo, nem acesso a internet em seus quartos (não estou falando nem de acesso complimentary). É o primeiro hotel pelo qual passamos, desde que começamos nosso blog, que não recomendamos. A não ser que se queira ficar em Santa Barbara de qualquer maneira e não se possa arcar com os custos de outro.


O segundo ponto foi uma situação pitoresca já no fim do dia (que já era noite, na verdade). Depois de visitarmos o pier e fazermos o check-in no hotel, resolvemos sair para caminhar a pé na State Street, onde fica o hotel e a é principal rua da cidade (acaba no pier), para conhecer melhor a área e procurar algum lugar para jantar. De cara, na esquina do hotel, encontramos uma loja que era, ao mesmo tempo, deli (americano adora uma deli), winery e mercado. Um lugar muito bacana, onde imaginamos comprar algo para comer no quarto do hotel, caso não achássemos nada melhor, ou mais em conta. Percorremos boa parte da State St e chegamos à conclusão que não compensaria comer por ali, primeiro por que sairia muito caro e, segundo, por que estávamos muito cansados e não aproveitaríamos adequadamente. Resolvemos voltar e comprar algo naquela primeira loja. No caminho passamos por um McDonald's, onde a Ana Paula jurou de pé junto que jamais entraria, em virtude da frequência do local. Resultado, quando chegamos à loja em que compraríamos nosso jantar ela tinha acabado de fechar. Voltamos boa parte da rua, até uma CVS (rede de farmácias que vende de tudo), e não encontramos nada que fosse meramente parecido com algo para jantar. Final das contas, a Ana Paula teve que morder a língua e entrar no tal do McDonald's. Mas pedimos, pagamos e saímos. Fomos comer no quarto do hotel, exausto pela caminhada forçada e pelo dia cheio.


O dia seguinte foi bem melhor, mas é história para outro post.

Entrada do pier de Santa Barbara/CA

Pier de Santa Barbara/CA - essa é para o pai. 
No pier tem até pia (pública e que funciona) para limpar os peixes depois de pescá-los

Calçadão à beira-mar de Santa Barbara/CA

State Street - Santa Barbara/CA

Igreja Episcopal da Trindade - State Street - Santa Barbara/CA

Arquitetura típica das edificações de Santa Barbara/CA

sábado, 23 de abril de 2011

San Francisco a Santa Barbara - 4º dia


No dia 09 de junho pegaremos a estrada pela primeira vez depois de nossa chegada à Califórnia. Sairemos de San Francisco em direção à Santa Barbara, faremos esse trajeto pela Pacific Coast Highway, nome dado ao trecho da auto-estrada State Route 1 ou Highway 1. Essa é a maior estrada costeira da Califórnia e com paisagens maravilhosas, tanto que é uma das estradas cênicas mais bonitas do mundo. O escritor Robert Louis Stevenson disse : "É o maior encontro de terra e mar do mundo". Nossa viagem até Santa Barbara será de aproximadamente 572 Km.

Aspecto geral da Pacific Coast Highway

No trajeto faremos uma parada em Monterey, capital da Califórnia até 1848. Depois da Corrida do Ouro, a capital foi para Sacramento e Monterey tornou-se porto de pesca, entreposto agrícola e base militar. Atualmente recebe muitos visitantes por seus pontos históricos, pelos restaurantes de frutos-do-mar em Fisherman's Wharf e pelo festival anual de jazz.


Região central de Monterey

Também pretendemos fazer uma parada em Carmel-by-the-Sea, cidadezinha localizada em uma encosta de montanha que se lança sobre o Oceano Pacífico. Leis locais restringem a iluminação pública e as calçadas dão à cidade um ar único. As ruas são bem arborizadas e abrigam uma grande variedade de lojas e galerias de arte.


Rua típica de Carmel-by-the-Sea


Um dos trechos mais bonitos da Higway 1 fica entre Monterey e San Simeon. No final do século 18, os espanhóis que viviam em Carmel deram a este trecho do litoral o nome de El Pais Grande del Sur e desde então é chamado de Big Sur.

No Big Sur não há cidades  grandes, a paisagem mantém-se intocada e há poucos sinais de civilização na área. A maior parte do litoral é preservada em parques estaduais, com florestas cerradas, amplos rios e boas ondas para a prática de esportes aquáticos, a partir de pontos acessíveis somente a pé.


Com vários pontos para parar o carro e apreciar as paisagens, um dos lugares mais bonitos nesse parte do Big Sur é a Bixby Creek Bridge, construída em 1932 e que por muitos anos  conservou o recorde de maior vão de arco único do mundo, com 79 m de altura e 213 de extensão.


Visual da Pacific Coast Highway na região do Big Sur


Bixby Creek Bridge


Depois de aproximadamente 10 horas de estrada, contando com as paradas, chegaremos a Santa Barbara, considerada uma raridade no sul da Califórnia: uma cidade inteira com um só único estilo arquitetônico. Após o devastador terremoto de 1925, todo o centro foi reconstruído seguindo estritamente o estilo mediterrâneo. 


Muitos dizem que Santa Barbara é o que há de mais próximo ao paraíso nos Estados Unidos. Telhados vermelhos, edifícios caiados de branco e palmeiras que criam uma atmosfera mediterrânea. O Stearn's Wharf é o pier mais antigo da Costa Oeste , é uma continuação da rua principal de Santa Barbara, a State Street. Construído em 1872, tem uma mistura de lojas de souveniers, restaurantes e barracas de frutos do mar.


Em Santa Barbara ficaremos no hotel El Prado Inn. Depois de realizarmos o check in, sairemos para passear a pé pela cidade e observar (se tudo der certo e o tempo ajudar) o pôr do sol no pier da cidade.


Vista dos telhados vermelhos e prédios caiados de Santa Barbara

Fonte localizada na entrada do Stearn´s Wharf


Vista geral do Stearn´s Wharf

Hotel El Prado Inn - onde ficaremos em Santa Barbara