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sábado, 31 de julho de 2010

Viajando de carro pelos Estados Unidos

Depois de alguns dias sem postar no blog, estamos aqui novamente. Já estava com saudades de poder compartilhar experiências de viagem com vocês, por isso esse post é para falar sobre a experiência e dicas sobre viajar de carro pelos EUA.

Bom, para começo de conversa, dirigir nos EUA é um imenso prazer. Os americanos, ao que nos pareceu, são viciados em "cair na estrada". Tanto é que no Museu de História Americana, em Washington, há um setor inteiro dedicado à saga e ao gosto americano pelas viagens, com foco especial às viagens rodoviárias, chamado "America on the move" (vale a pena a visita).

E esse gosto pelas viagens rodoviárias (normalmente de carro ou em motorhomes) parece refletir na estrutura das estradas colocada à disposição dos viajantes.

Documentação necessária


Como já havia comentado em outro post, há muita divergência sobre a necessidade ou não de portar a PID (Permissão Internacional para Dirigir). Há fontes que relatam que apenas a CNH brasileira, válida e para ser utilizada em um período máximo de até 90 dias, é o suficiente. Outras fontes dizem que há a necessidade a PID. E essas informações dúbias podem ser encontradas, inclusive, nos sites dos departamentos de trânsito (DETRAN) dos estados.

De qualquer maneira, embora não tenham sido necessária em nenhum momento, julgo prudente tirar a PID quando for dirigir nos EUA. Para quem tiver curiosidade e quiser tirar mais dúvidas sobre a PID é só clicar aqui e poderá ler um artigo específico sobre esse documento.

Dirigindo em estradas


O que chama muito a atenção nas estradas americanas, além, é óbvio, das ótimas condições da pista de rolamento, é a estrutura de apoio colocada à disposição do viajante.

Nas estradas principais (as Interstates ou as US), embora não deixem de existir, em menor número, nas demais, há um número bastante grande de "rest areas" (áreas de descanso), locais dotados de banheiros, estacionamentos, "vending machines" de quase tudo o que possa se imaginar (de café a salgadinhos, passando por água, refrigerantes e jornais, entre outras coisas) e "pet areas" (locais para que os animais de estimação possam caminhar, relaxar e fazer suas necessidades). Em alguns casos, quando se está entrando em um estado, as "rest areas" são também centros de informações turísticas (os visitor centers). São locais bastante úteis e que, realmente, funcionam para o fim que se destinam. Os banheiros são limpos, as "vending machines" dão uma força na hora de matar a sede ou fazer uma "boquinha" e os estacionamentos são bastante úteis para dar uma descansada, se for o caso, depois de uma perna longa de viagem. São locais seguros, onde se pode, inclusive, dormir, de dia ou de noite.

Outro detalhe bem bacana das estradas americanas são as saídas (exits). Nas estradas principais, não há instalações de comércio ou serviço ligadas diretamente às estradas. Elas sempre estão localizadas nas saídas para estradas secundárias, que fazem ligação às cidades ou distritos. O interessante disso tudo é que existem saídas aos montes (a cada 3 ou 4 milhas, em média) e em cada uma dessas saídas o viajante pode encontrar postos de combustíveis, restaurantes, lanchonetes, áreas de camping, hotéis e, em alguns casos, outlets (shoppings de ponta de estoque - que, na maioria dos casos, de ponta de estoque só tem o nome). E mais interessante e útil ainda para o viajante, é o fato de que é possível saber com antecedência o que poderá ser encontrado em cada uma das saídas, por meio de placas colocadas previamente às saídas e que informam as facilidades disponibilizadas naquele local. E há placas específicas para restaurantes e lanchonetes, postos de combustíveis, locais para estadia e comércio em geral.

Placa informando os restaurantes existentes na próxima saída

Placa indicativa de Rest Area e as comodidades existentes nela

Placa indicativa de área para animais de estimação em uma Rest Area

Área de estacionamento em uma rest area

Placa indicativa de instalações para estadia em uma saída da I-95

Placa indicativa de postos de combustível em uma saída da I-95

Além de todas as facilidades disponibilizadas nas rest areas e a facilidade de acesso a estabelecimentos úteis ao viajante nas saídas, as estradas nos Estados Unidos são muito bem sinalizadas. De qualquer maneira, um bom GPS é indispensável para quem vai realizar viagens mais longas ou por cidades maiores e mais movimentadas, como Washington, New York, Philadelphia, entre outras.

Festival de placas de sinalização para orientar o viajante pelas estradas dos EUA.

Uma dos muitos emaranhados de rotas que, embora bem sinalizadas, demandam um bom GPS (e olha que esse emaranhado foi dos menores que encontramos, existem alguns inimagináveis)

Um outro detalhe bastante interessante das estradas, ligado à questão de segurança do viajante, são os call box, telefones disponibilizados a cada milha (em algumas estradas) a serem utilizados em situação de emergência, tanto para informar uma situação, quanto para solicitar auxílio. Além disso, placas pela estrada sempre indicam uma rádio, normalmente AM, pela qual são transmitidos boletins e orientações aos viajantes sobre situações de emergência, acidentes, furacões, entre outros.

Placa que indica a existência de um call box

Placa que indica a rádio que deverá ser utilizada para transmissão de boletins e informações aos viajantes.

Uma coisa que nos chamou muito a atenção durante as 1.700 milhas que rodamos pelo EUA foi a ausência de postos fixos de fiscalização de policiamento rodoviário (muito comuns pelas estradas brasileiras) e, ainda assim, não presenciamos nenhum grande acidente rodoviário e podemos afirmar que o motorista americano é, na média, muito educado e civilizado, sendo muito fácil dirigir por suas estradas.

Com relação a pedágios, eles não são tão comuns como poderia se imaginar pelas excelentes condições das estradas. Quando há, relativamente, são mais baratos que muitos pedágios existentes em estradas brasileiras. Uma outra diferença percebida é a de que, na maioria das estradas que são pedagiadas, a tarifa é cobrada em função do trecho percorrido pela estrada e não por um valor padrão adotado para uma praça de pedágio específica.

Dirigir em área urbana

Diferentemente de dirigir pelas estradas, em áreas urbanas a coisa muda de figura e o prazer de dirigir, normalmente, é trocado por tráfego intenso. Nessas situações é que o GPS se mostra essencial, principalmente quando não se conhece a cidade. Mas não há grandes dificuldades, a sinalização de trânsito é semelhante à nossa, bem como a mão de trânsito. O que é preciso ter atenção é com relação à travessia de pedestres. Diferentemente da realidade brasileira, quando o semáforo está aberto para o sentido da rua pela qual se trafega, ele também estará para o pedestre que atravessa a rua transversal à sua e, obviamente, tem a precedência frente aos veículos, ou seja, quando o semáforo abrir para você e você for entrar a esquerda ou à direita, aguarde a travessia dos pedestres, os quais têm a preferência e o semáforo de pedestres aberto para eles.

No mais é aproveitar a oportunidade e curtir a viagem, tomando cuidado para respeitar as leis de trânsito, pois, caso contrário, será multa na certa e não haverá "jeitinho brasileiro" para resolver o caso.

domingo, 21 de março de 2010

Dicas de viagem #5 - Dirigir no exterior

Para quem pretende dirigir no exterior, é recomendado que se tire a Carteira Internacional de Habilitação, já que não são todos os países que permitem que o motorista dirija com a habilitação de seu país de origem. Além disso, o documento vem com as suas informações em vários idiomas, o que facilita a comunicação com autoridades estrangeiras.


A versão internacional da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) foi estabelecida pelas Convenções Internacionais de 1926 e 1968, que inclui ainda os documentos estabelecidos pela Convenção Interamericana de Tráfego de 1943, e são aceitas nos países que participaram desses eventos. A carteira é válida por um ano, mas não é renovável. Caso haja necessidade, é preciso tirá-la novamente.


Vantagens
  • Se o motorista cometer uma infração de trânsito ou envolver-se em um acidente no exterior, as autoridades vão exigir o documento de habilitação. Caso esteja em idioma que eles não conheçam, podem pedir a tradução do documento. Esse processo atrasa a liberação do motorista. A Carteira Internacional de Habilitação tem as informações do motorista em alemão, árabe, chinês, espanhol, francês, inglês, português e russo;
  • É o documento mais seguro para conduzir um veículo no exterior;
  • Não é necessário fazer exames.


Como tirar


Procure o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) do seu Estado e cheque os endereços dos escritórios autorizados a emitir a Carteira Internacional de Habilitação. Você terá de preencher um formulário e pagar uma taxa que varia de acordo com cada escritório.

Basicamente, os documentos necessários são:



  • Duas fotos 3X4 iguais e recentes;
  • Cópia autenticada do RG, C.N.H. e comprovante de residência.

No meu caso

Várias são as informações sobre dirigir nos Estados Unidos, que é o caso de nossa viagem. Em alguns sites e blogs pode-se encontrar informações que dão conta de que para dirigir nos Estados Unidos é necessária apenas a CNH brasileira, válida e dentro do período de até 90 dias. Em outros casos, as informações que coletamos na internet e com alguns amigos é a de que seria importante portar a Permissão Internacional para Dirigir (P.I.D.).

Sendo assim, resolvi que seria mais prudente me dirigir ao DETRAN do meu estado e retirar a PID.

Aqui no Paraná o processo é bastante simples e rápido. É apenas acessar o site do DETRAN/PR, entrar na área de "Habilitação" e clicar em "Permissão Internacional para Dirigir". A partir daí é só preencher os formulários web, imprimi-los, imprimir e pagar a Guia de Recolhimento da taxa da PID (que, aqui no Paraná, é de R$ 44,00 e pode ser paga em qualquer agência do Banco do Brasil ou pelo web bank do BB) e entregar em qualquer agência do DETRAN/PR. Cinco dias depois a PID estava sendo entregue em casa pelos Correios.


Capa da PID Brasileira



Parte interna da PID que traz a informação do condutor habilitado



A PID, para quem não conhece, parece um livreto, com aproximadamente 10cm x 15cm, e que contém 8 folhas, nas quais está contida a tradução dos dados da habilitação do portador (conforme na foto acima).
Com informações de http://www.terra.com.br/turismo/servico/serv23.htm