domingo, 19 de outubro de 2014

Estátua da Liberdade e Ellis Island

Da primeira vez que fomos a New York, não fizemos o passeio até a Estátua da Liberdade, apenas a vimos de longe, a partir do Battery Park, baseados na informação, encontrada em vários blogs que pesquisamos, que relatavam que o passeio não valia a pena, que era coisa de turista, que teria que enfrentar muita fila, entre outras coisas, e, com tudo isso, acabamos não indo. Nessa segunda visita à cidade, no entanto, resolvemos fazer o passeio e podemos afirmar, sem medo de errar, que vale a pena. É um passeio tranquilo, agradável e, acima de tudo, ir a New York e não visitar a Estátua da Liberdade é como ir a Paris e não ir à Torre Eiffel ou ir ao Vaticano e não visitar a Capela Cistina.


A Preparação

Compramos os ingressos aqui no Brasil, por meio do site da Statue Cruises, com direito a visita na Estátua da Liberdade, na Liberty Island, e no Museu da Imigração, na Ellis Island, incluindo o transporte de barco. Infelizmente, não conseguimos adquirir ingressos com direito à visitação à coroa da estátua, já que não haviam mais disponíveis para o período em que estaríamos na cidade. Na compra do ingresso, pela internet, você escolhe o horário mais adequado para o passeio e os ingressos são encaminhados por email, no formato PDF, para impressão. Não há qualquer custo adicional ou taxas e os ingressos ficam em U$ 18 por pessoa.

O Passeio

Logo cedo, pegamos o metrô na estação da 42nd St e descemos na estação South Ferry, já no Battery Park, onde, após uma pequena caminhada, chegamos ao local de embarque para os barcos que levam às ilhas.

Como se é de costume nos Estados Unidos, passamos pelo procedimento de segurança (detector de metais e raio x) e fomos para a fila, no entanto, não demorou muito e logo já começaram a liberar o embarque.

Fila para embarque

A primeira parada foi na Liberty Island, lar da famosa Estátua da Liberdade. Descemos, demos uma olhada ao redor e fomos direto para a entrada que leva ao museu e ao pedestal da Estátua da Liberdade. Ali, mais um procedimento de inspeção. Você acaba se acostumando com isso tudo: tira relógio, coloca bolsa, celular máquina fotográfica, entre outras coisas, na bandeja, para passar no Raio X e você pelo detector de metais.

Entramos e demos de cara com a tocha original, que fica exposta no salão principal. Ela foi colocada ali, depois que, em 1986, durante a restauração da estátua para a festa do centenário, concluíram que o estado corrosão da tocha comprometia sua estrutura. Por isso, construíram uma segunda para colocar em seu lugar.

Na sequência, há um pequeno museu contando toda a história da estátua,  desde a concepção, passando pelas curiosidades e dificuldades de construção, até os dias de hoje.

A estátua foi um presente dos franceses para os americanos, em comemoração ao centenário da Independência dos EUA, em 1876. Uma batalha, vencida pelos norte-americanos, contra os Ingleses, foi o motivo que levou os franceses a presentearem os Estados Unidos.


A estátua foi construída na França, pelo escultor Frederic-Auguste Bartholdi, sobre uma estrutura projetada por Eugene Emmanuel Viollet-le-Duc e Alexandre-Gustave Eiffel (o mesmo que projetou a Torre Eiffel). A inspiração para o rosto da mulher, a ser representada na estátua, teria vindo da mãe do escultor Frederic-Auguste Bartholdi. 



A estátua foi concluída em julho de 1884 e, após ser desmontada em 350 peças, foi embalada em 214 caixas e colocada a bordo da fragata francesa Isere, que a transportou até os Estados Unidos. Chegou a Nova York um ano depois, em 1885. Em abril de 1886 a construção do pedestal, sobre o qual seria colocada a estátua, projeto do americano Richard Morris Hunt, foi concluído. A estátua levou mais 4 meses para ser montada, já em seu pedestal, e foi inaugurada, pelo então presidente norte-americano Grover Cleveland, no dia 28 de outubro de 1886.

O fogo da tocha representa a liberdade do povo, assim como a própria estátua. Em sua coroa existem 25 janelas (que simbolizam as jóias encontradas naquelas terras) e 7 raios (que representam os sete continentes e os sete mares do mundo). Em sua mão esquerda segura uma tábua, na qual está escrito: 4 de Julho de 1776, em algarismos romanos.


Tocha original

Depois da visita ao museu, fomos até o pedestal e, de lá, tivemos uma vista linda de Manhattan, com os seus arranhas-céus, entre eles, o One World Trade Center ou Freedom Tower, com seus 541 metros de altura. É possível, também, ter uma boa ideia da Ellis Island e observar as chegadas e saídas dos barcos.

Depois disso, descemos e fomos dar uma volta na ilha, para vermos a estátua de frente e tirarmos muitas fotos. É um passeio muito legal e ficamos pensando em tudo o que lemos sobre os motivos para não ir à estátua e concluímos que, para nós, valeu a pena. Então, caso queira ir e tenha lido, como nós, muita coisa contra, faça o que você tem vontade. Para alguns pode não ter valido a pena, mas, para você, pode valer.


Vista do One Trade Center, a partir do pedestal da Estátua

Ellis Island


Barco chegando a Liberty Island

Estátua da Liberdade

Os barcos que fazem o percurso entre o Battery Park e a Liberty Island e, posteriormente, entre a Liberty Island e a Ellis Island, estão, a todo momento, chegando e saindo, então, assim que decidimos que por ali o passeio já estava bom, fomos aguardar o próximo barco para a Ellis Island. Ficamos pouco tempo na fila e logo embarcamos. Aproximadamente, cinco minutos depois já estávamos chegando à Ellis, é muito rápido. Muitos não descem ali e seguem direto de volta a Manhattan, porém, como tínhamos interesse, descemos e fomos conhecer o Museu da Imigração.

Museu da Imigração


De 1892 a 1954, a Ellis Island foi o primeiro lugar que os imigrantes pisavam, provenientes, em sua grande maioria, do continente europeu, após uma longa viagem em navios à vapor. Quase 12 milhões de pessoas chegaram a essa ilha buscando uma oportunidade no novo mundo, alguns chegavam sozinhos, outros vinham encontrar seus familiares e muitos, simplesmente, eram mandados de volta.


Em 1990, o edifício que durante naquela época serviu como porta de entrada e local de inspeção e exame dos imigrantes que chegavam aos EUA foi transformado em um museu, guardando tanto materiais originais, como documentos e fotografias, como materiais audiovisuais de apoio, distribuídos pelos 3 andares do edifício. 

O museu conta todo a história da chegada dos imigrantes, desde a chegada, quando eles tinham que passar por avaliações com a finalidade de saber se tinham doenças ou deficiências físicas. Há um grande acervo de fotos mostrando as condições dos navios que passaram pela ilha, destacando as roupas e os costumes dos imigrantes daquela época.

No American Family Immigration Center o visitante poderá pesquisar se seus ancestrais estavam entre os mais de 12 milhões de imigrantes que passaram pela Ellis Island.


Registry Room

O Museu da Imigração também é daqueles locais que valem a pena conhecer e aos quais somente damos valor quando os conhecemos. Para quem gosta de história e de compreender a evolução de uma sociedade, recomendamos essa visita, em conjunto com a visita à Liberty Island.

Um comentário:

  1. Hoje li novamente seu post Paulo, e sem dúvida nenhuma a sua narrativa faz com que viajemos e conheçamos os lugares da sua viagem. E como desta vez estive junto a cada vez que leio volto à aqueles lugares maravilhosos, e curto novamente a viagem.. Parabéns, por seu post.

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