sábado, 10 de julho de 2010

Washington, 2º dia - 09 de julho de 2010

Seção Carta do Leitor

Como não poderia deixar de ser, começamos o post de hoje respondendo aos questionamentos de nossos amigos.

Neto, ontem não teve foto de comida por que o café da manhã foi no hotel e meio sem graça, o almoço foi em um McDonald's de beira de estrada e acabamos esquecendo de registrar (até por que, também, não tinha nada de novo) e a noite comemos no quarto do hotel - mas hoje vai ter, para você não ficar chateado. Vai que a gente perde um leitor só por causa de uma fotinho besta. Sobre o calor e o protetor, realmente você tem razão, são necessárias mais do que uma "de-mão" para suportar o sol que está fazendo por aqui.

Charline, eu acho que não iam vender os saquinhos dos cachorros no Brasil, e sabe porquê? Por que o administrador público no Brasil nunca nem iria pensar em algo dessa natureza para melhorar a qualidade de vida da população. Assim, não haveria nem os saquinhos para vender. Mas, se houvesse, venderiam...rssss.

Leliana e Moisés, o café deles é uma porcaria. Nada como o café brasileiro. O café padrão do americano é muito, mas muito fraco. É um legítimo "chafé". Quanto a pedágio, sim, há rodovias pedagiadas. Já passamos por algumas na região de Miami. Mas, nas que passamos, foi muito barato (US$ 1,25) e uma delas fica na ponte que ligava Miami a Key Biscaine. No restante do caminho não encontramos nenhum pedágio, que eles conhecem por aqui como toll. Sabemos, no entanto, que os encontraremos alguns daqui para frente. Com relação à fila da Ana Carolina pode ficar tranquila, não era fila do banheiro. Era a fila dos que precisavam de comida durante a recessão da década de 30. Sobre os locais que visitaremos em Washington você poderá ler hoje sobre o Air and Space Museum e sobre o National Museum of Natural History. No National Museum of American Indian não iremos (questão de escolha), a National Cathedral visitaremos amanhã, o Museu Aeroespacial, sobre o qual você também falou, é o mesmo Air and Space Museum, Georgetown não faz parte do nosso roteiro também, já o Eastern Market, se der tempo, amanhã daremos uma passada por lá, para conhecer e sentir o clima. Já com relação à praia, não foi possível aproveitarmos. Havíamos planejado, mas não houve tempo suficiente. Foi questão de escolha também.

Mãe, o show do Jack Johnson, ao qual iremos, será em New York, no dia 14 de julho, no Madison Square Garden. A Ana Carolina mandou dizer que está aguentando....mais ou menos. Que bom que vocês estão gostando do blog e da maneira como escrevemos, vamos procurar melhorar mais ainda. Avisa o pai que não quero ver espaço em branco no album quando eu voltar. Senão fica de castigo....rssss.

Seção passeio do dia - Washington - 2º dia

Para não perder o costume, já que ontem tomamos café da manhã no hotel, hoje fomos ao Starbuck's que, por uma coincidência infeliz da vida, fica na esquina do hotel. Alimentados, saímos dali, passamos em uma CVS (rede de farmácias - que parecem supermercados) para comprar água (item indispensável por esses dias) e partimos em direção ao East Mall e seus museus.

A primeira parada foi no Smithsonian Castle, um conjunto de torres e agulhas de aspecto gótico que foi concluído em 1855. James Smithson, cientista inglês que morreu em 1829, deixou uma doação de US$ 500 mil dólares para que os Estados Unidos criassem um estabelecimento para fomentar e difundir o conhecimento. Smithson nunca foi aos EUA, mas achava que a liberdade que o jovem país oferecia seria um excelente ambiente para o crescimento da ciência pura. Depois de algum tempo avaliando a questão, o governo dos EUA aceitou a doação e criou um Instituto com a finalidade desejada pelo cientista Smithson. O que era apenas um sonho, hoje transformou-se em 15 museus e centros de pesquisa.


As Anas em frente ao Smithsonian Castle

A torre principal do Smithsonian Castle

Depois do Smithsonian Castle, fomos direto ao National Air and Space Museum, um incrível museu que narra a história da paixão do homem pela ideia de voar. Talvez um dos aspectos mais impressionantes do Air and Space Museum seja o fato de que a maioria de suas peças cobrem um período de pouco mais de cem anos, com aeronaves que vão do planador de Otto Lilienthal, de 1894, à nave espacial Voyager. A coleção mostra o quanto a tecnologia da aviação avançou em pouco mais de um século.

Como tudo que vimos até agora em Washington, o Air and Space museum não foi diferente, é espetacular. O pé direito do edifício é altíssimo e, nesse grande espaço livre, é possível encontrar um sem número de aeronaves penduradas, presas à estrutura como se fossem simples mobiles infantis. No entanto, são aviões em seu tamanho e características originais. É possível entrar em aviões da metade do século passado, decorados como se ainda estivessem em operação, ter contato com as primeiras cápsulas espacias tripuladas e observar todos os estragos feitos pelo atrito com o ar na reentrada do equipamento na atmosfera terrestre, além de interagir com equipamentos mecânicos e eletrônicos que possibilitam ao visitante compreender o funcionamento das máquinas voadoras.


O saguão de entrada do Air and Space Museum

Um dos muitos setores de miniaturas de aviões
Os primórdios da aviação comercial

Uma das muitas turbinas em exposição

Mais uma das turbinas

Painel da área das viagens espaciais

Os foguetes em exposição no museu

Alguns dos vários "aviões-móbiles" do museu

A fachada do Air and Space Museum e o solzinho que estava fazendo na hora em que a gente saiu de lá

Saímos do National Air and Space Museum por volta de 13h, logo depois de termos almoçado por lá mesmo. Há uma praça de alimentação, que na verdade é um McDonald's gigante e que tem a linha de produção de fast-food mais impressionante que já vi. Tanto do ponto de vista do tamanho, quanto do ponto de vista da velocidade e organização da linha de produção. É muita gente pedindo ao mesmo tempo, assim, você faz o pedido em um caixa, paga no seguinte e quando chega no balcão, tudo em locais pré-determinados, seu lanche já está praticamente pronto. Quase não se formam filas e, apesar do número gigantesco de visitantes, em pouco mais de 3 ou 4 minutos já saí com nosso almoço. Outra coisa interessante é que as mesas são dispostas como se fossem para um churrasco de festa de igreja. Grandes linhas de mesas onde as pessoas vão se sentando umas ao lado das outras, mesmo sem se conhecer, e aí se alimentam como se fizessem parte de uma gigantesca família.


O refeitório de quermese do McDonald's do Air and Space Museum

Do Air and Space Museum fomos ao Jardim Botânico de Washington que fica bem próximo ao Capitolium. Foi uma visita na medida para o horário, já que no interior das estufas a temperatura estava muito mais agradável. É o jardim botânico mais antigo da América do Norte, sendo de 1844, e é um local excelente para fugir um pouco da multidão que visitam os demais museus. Há vários setores, além de uma passagem suspensa entre a vegetação e um jardim só para crianças, onde essas podem se divertir molhando as folhagens do local.


Entrada do Jardim Botânico de Washington

Setor do Hawaii no Jardim Botânico

A Ana Carolina na saída do Jardim Botânico

Terminado nosso passeio no Jardim Botânico, fomos ao Capitolium. Erguendo-se com sua majestosa cúpula branca no horizonte da cidade, o Capitolium é um dos mais famosos cartões postais de Washington. E não é acidental que ele seja visível de praticamente todos os pontos da cidade. Quando o arquiteto Pierre L'Enfant projetou a cidade, colocou-o bem no centro e fez todas as grandes avenidas se irradiarem a partir dele. No entanto, o projeto do Capitolium propriamente dito não é de Pierre L'Enfant, mas de William Thorton, um médico de Tortola que nunca havia estudado arquitetura, até que ouviu falar do concurso organizado por George Washington e Thomas Jefferson, estudou por meses a fio e apresentou o projeto vencedor do que viria a ser o que hoje é conhecido por Capitolium.

É possível visitar o interior do prédio, mas isso demanda antecedência e paciência na fila de espera para conseguuir receber um dos tickets que são distribuídos diariamente a partir das nove horas. O detalhe é que é necessário chegar lá pelas 07h30min para ter certeza de que irá conseguir, principalmente nessa época de férias de verão e visitas dos famosos Camps (uma espécie melhorada das nossas colônias de férias).

O prédio do Capitólio impressiona mesmo de fora, fico imaginando por dentro. É gigantesco e sua arquitetura, sua Reflecting Pool e os jardins ao seu redor complementam o ar de imponência da obra. É o tipo de lugar obrigatório de se conhecer para se entender o modo de pensar do americano e, em especial, dos "pais fundadores" da nação.


Nas escadarias do Capitólio

Eu e a Ana Paula na mesma escadaria

Em frente ao Capitólio com o Monumento de Washington ao fundo

Tomando um fôlego sob a sombra de uma árvore nos gramados do Capitólio

Terminado o passeio no Capitólio e depois de tomar o fôlego da foto acima, partimos para mais uma boa caminhada sob o sol impiedoso da tarde e fomos em direção ao National Museum of Natural History.

Pausa para dois comentários da Ana Paula. Primeiro, ela acha que vai voltar menor do que já é para o Brasil. De acordo com ela, suas pernas já desgastaram, mais ou menos, uns 15 centímetros. Segundo comentário, do Tico e do Teco, só sobrou o Tico. O Teco morreu sufocado e cozido sob o sol de quase 40ºC das ruas de Washington.

Pausa II. Comentário da Ana Paula sobre a Ana Carolina. Ela está arrebentando os corações de branquelos, negrões e indianos (não sei por que, mas ô lugar pra ter indiano).

Voltando do intervalo. Chegamos ao Museu de História Natural lá pelas 15h. Esse museu é tudo que um museu de ciência deve ser e um pouco mais. Por mais de 150 anos, cientistas da Smithsonian Institute viajaram o globo o para estudar os mistérios do mundo natural e os expuseram para que todos possam apreciar.

Já na entrada não tem como não ficar maravilhado com o elefante que domina o espaço e com a gigantesca rotunda que adorna o teto. São dois andares de exposição que passam pelo mundo fóssil, os primórdios do homem, minerais e pedras preciosas, insetos e os concorridíssimos dinossauros, sendo o mais famoso o Dinosaur Hall. Em uma tarde é possível percorrer todas as alas do museu, no entanto, para se conhecer tudo, de verdade, levariam dias e dias. Impressiona a quantidade gigantesca de itens existentes no museu, a forma como é catalogado, qualidade dos expositores, a atualidade do ambiente e a ausência de seguranças no local, a despeito de todo o valor que cada um daqueles itens possui. E mesmo assim, está tudo lá, numa aparente demonstração de respeito e civilidade.


A Ana Carolina em frente ao Museu de História Natural de Washington

O elefante que domina a entrada do museu

Ana Paula e os esqueletos dos dinossauros

Ana Carolina e a baleia taxidermizada pendurada no teto

As Anas com mais um dos animais taxidermizados do museu

Depois de sairmos do Museu fizemos mais uma grande caminhada de volta ao hotel, onde chegamos por volta de 19h30min.

Pausa para mais um comentário da Ana Paula. O Tico, único sobrevivente, a essa altura estava em coma na UTI.

Amanhã visitaremos o Museu de História Americana pela manhã, também localizado no East Mall e, depois do almoço, devemos pegar carro e visitar a Catedral Nacional, o memorial de George Washington de Alexandria e a Union Station. Se der tempo passaremos no Eastern Market. Mas isso é história para amanhã.

5 comentários:

  1. Oi, galera!
    Meu...Washington é demais, né?!
    Vocês deviam ter ido em um desses passeios que fazem tour por todos os lugares de Washington que aparecem no livro de Dan Brown...HAHAHAHA Brincadeira.

    E esse Museu de História Natural já parecia fascinate no filme, imagino estando dentro dele e apreciando os artefatos e relíquias.

    As fotos estão lindas, gente!
    Beijo pra vocês e boa viagem! hehehe

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  2. O que neste momento passa pela minha cabeça depois de ler o blog de hoje, o que tudo isso vai acrescentar em cultura para vocês e principalmente para a Ana Carolina. É isso aí neguinha, tá sendo cansativo? tá mas, continue aproveitando cada minuto, isso tudo é muito valioso.E nada como aprender sobre a história ao vivo. Beijos e estejam sempre com Deus.

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  3. Oiii pessoal!!!
    Que fotos lindas!! Que lindo o Jardim Botânico!! Os museus tb!! E o Capitólio parece ser mais bonito que a Casa Branca, não ?!

    Que coisa, nossa princesa arrasando corações na Terra do Tio Sam? Só falta arrumar um namorado por aí hahaha
    Ahh diz q a mãe pediu p falar p Ana Carolina que claro q iria fazer sucesso, com essa beleza brasileira dela rsrs

    Essas fotos de comida é pra acabar hein hahaha ainda bem que não tem mais fotos de Starbucks rsrs

    Tirem fotos do trânsito pra gente ver!!
    Meu Deus, a Paula ficar menor do q ela já é rsrs impossível hahaha

    O pai pediu p falar p Ana Carolina q é p ela andar mais coberta p não chamar a atenção rsrs detalhe desse vô ciumento hihihi

    bjoss e só fico pensando nos próximos post, imagino no post do show do Jack Johnson em NY ?? Huhuhu ;)

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  4. Familia Souza:
    Estamos adorando a viagem de vocês. Continuem postando pra que possamos acompanhar os passeios e detalhes. Abraços
    Edson e Maria Luiza

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  5. Assistimos uma reportagem sobre NY com Van restaurantes com comidas diversas aparentemente aprovado pelos americanos. Os vendedores falaram que eles não têm muito tempo para ficar em uma vaga sempre difícil, mas mesmo que tenham que pagar multa ainda sai mais barato que pagar aluguel fixo. Se virem algum tirem foto.
    O pai peguntou se viram alguma notícia do Brasil aí.
    Beijos e fiquem com Deus.

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