Dia 15 de julho de 2010, último dia de passeios por New York e pelos Estados Unidos, tendo em vista que o dia 16 de julho seria dedicado apenas aos preparativos da volta, transfer e viagem.
Começamos o dia caminhando até a Estação 42nd St, com uma parada estratégica na Starbuck's ao lado para tomar café, com a finalidade de irmos ao Museu do Bombeiro de Nova Iorque. Tomamos a linha 1 do metrô para downtown e descemos na Houston Station. De lá caminhamos por quatro quadras até o museu. Pela primeira vez precisávamos ir devagar, sem pressa, pois ainda eram 9h30mins e, segundo as informações disponíveis no site do museu, ele só abriria as 10h. Para nossa surpresa, quando chegamos lá, por volta de 9h35min, já havia um bombeiro que cuida do local e este fez questão que entrássemos e já fossemos conhecendo o local. Nos fez uma breve explanação sobre como estavam disponibilizados os artefatos no museu e como fazer para conhecê-lo melhor. Sorte nossa, estávamos apenas nós lá dentro e ainda ganhamos meia hora pela frente nesse nosso último dia. Mesmo não sendo um museu grande, em virtude do interesse (meu, obviamente!), gastamos mais de uma hora e meia para visitá-lo.
O museu é muito bem organizado e funciona em uma edificação de 1904, no estilo Beaux-Arts, originalmente construído para abrigar a Engine Company 30, do Corpo de Bombeiros de Nova Iorque. Apresenta, em dois andares da edificação, a evolução do Corpo de Bombeiros de Nova Iorque, desde os seus primórdios, por meio da exposição de veículos, equipamentos e fotos antigas, além de outros artefatos de interesse histórico. Vale uma nota especial as duas salas destinadas ao desastre, para o Corpo de Bombeiros, do ataque às Torres Gêmeas, em setembro de 2001. Sou obrigado a confessar que fiquei bastante emocionado com as fotos, relatos e artigos expostos naquelas duas salas. Para quem é da área, e mesmo para quem não é, mas gosta de um museu, essa visita é obrigatória.
Entrada do Museu do Corpo de Bombeiros de Nova Iorque
Fachada do prédio construído em 1904 para abrigar a Engine Company 30 e onde hoje funciona o museu
A Ana Carolina e uma das viaturas expostas - um American La France de 1921
Com o mesmo American La France 1921
Entrada do setor destinado ao 11 de setembro de 2001
Capacete de bombeiro desconhecido retirado dos escombros. Todos os corpos de bombeiros eram retirados dos escombros enrolados em bandeiras dos EUA. Como vários nunca foram encontrados, várias bandeiras ficaram sem ser usadas para essa finalidade. Esta que aparece com o capacete é uma delas
Memorial com a foto e o nome dos 343 bombeiros que tombaram no 11 de setembro de 2001
Fotos que demonstram a cronologia do evento e, acima, o letreiro de uma das viaturas que foram soterradas e que teve sua equipe totalmente perdida
Depois de visitarmos o Museu do Bombeiro, tomamos novamente o metrô em direção ao sul da ilha. Descemos na Rector Station e caminhamos ao Ground Zero, onde, um dia, estavam localizadas as Torres Gêmeas. Hoje é um gigantesco e frenético canteiro de obras. Imediatamente em frente ao local fica localizado um posto de bombeiros, o da Engine & Ladder Company 10, que perdeu cinco de seus membros no ataque às Torres Gêmeas, além de ter sido parcialmente destruído. A reconstrução e operacionalização da nova Firehouse custou US$ 3,5 milhões e demorou dois anos.
Memorial na parede oeste do posto de bombeiros da Engine e Ladder 10
Memorial Wall dedicado àqueles que perderam a vida no 11 de setembro - na parede do mesmo posto de bombeiros
Painel localizado na entrada das obras do Groun Zero
Como está hoje o local onde, um dia, foram as Torres Gëmeas
Continuando nossa caminhada, descemos a Broadway e fomos em direção a Wall Street. No caminho passamos pela Trinity Church, bela igreja em estilo gótico que tem à sua volta um dos mais antigos campos santos de Nova Iorque, o qual, segundo consta dos guias da cidade, é uma crônica de três séculos da cidade.
Depois da Trinity Church, entramos pela Wall Street e passamos em frente ao prédio do Federal Hall, edificação neo-clássica de 1842, erguida no local onde ficava o British City Hall, onde George Washington foi empossado presidente dos EUA em 1789. Essa data é celebrada pela estátua que fica no alto dos degraus do Federal Hall. Passamos pela New York Stock Exchange, bolsa de valores de New York que, atualmente, por medida de segurança, não está mais aberta ao público.
Subimos novamente em direção à Broadway e descemos para o Bowling Green, praça onde está localizado a estátua de bronze de 3 toneladas do Charging Bull, obra de Arturo Di Modica de 1989 colocada do lado de fora da Bolsa de Valores que a Prefeitura só conseguiu colocar no local atual por medida judicial. Depois de conhecer o Charging Bull fomos dar uma passeada no Batery Park. Na entrada do Battery está colocada uma escultura chamada Ícone da Esperança, uma esfera que enfeitava a praça das Torres Gêmeas e que, do jeito que foi retirada dos escombros, foi colocada onde está hoje. O Battery Park é o local de embarque das balsas que partem para Ellis Island e para a Estátua da Liberdade. Um lugar bastante agradável e que é palco de shows de artistas de rua.
Do Battery Park, subimos pela Water Street em direção ao Pier 17. A essa altura as Anas, mas especialmente a Ana Carolina, estava só "o pó do bagaço da mexirica", não conseguia mais nem raciocinar. Como dizem outros, estava só "a capa da gaita". Paramos no Pier 17 para almoçar e conhecer o local. O Pier 17 faz parte de um conjunto de piers que formam um museu marítimo a céu aberto, o South Street Seaport Museum. As vistas da ponte do Brooklyn e dos piers 15 e 16, onde ficam aportados os navios antigos, são um capítulo a parte. Vale a visita.
Wall Street e a Trinity Church ao fundo
O Federal Hall e a estátua de George Washington no alto da escadaria
A Bolsa de Valores de Nova Iorque
O Charging Bull na Bowling Green Square
Entrada do Battery Park
A Estátua da Liberda bem, mas muito bem, lá ao fundo. Um dia a gente volta para conhecê-la, dessa vez não deu tempo.
O Pier 17
Vista da Brooklyn Bridge a partir do Pier 17
Vista dos piers 15 e 16 a partir do Pier 17
Depois de alimentados partimos para tomar o metrô para uptown e para conhecer o Central Park. Eu já havia lido bastante e visto muitas fotos sobre o Central Park. Sabia que era gigantesco, enorme. Mas somente caminhando por ele (vamos deixar bem claro, por uma parte ínfima dele) é que temos a real noção de como é grande e bonito. Visitamos a parte do Great Lawn e do Belveder Castle, de onde é possível ter uma vista sensacional do parque e da cidade.
Depois de caminharmos um pouco (bem pouco, pois nesse ponto a Ana Carolina não era mais nem o pó do bagaço da mexirica - metade do pó já tinha ido embora) a gente pegou o metrô na estação do Museu de História Natural e descemos até o Rockfeller Center, para subir ao Top of the Rock. É relativamente caro (US$ 25,00 por pessoa), mas, pela vista, compensa cada cent pago. Você fica a quase 300 metros de altura e tem uma vista completa da cidade, em 360º. Escolhemos o Top of the Rock, ao invés do Empire State, por que a partir dele é possível ver o Central Park e o próprio Empire State, dois lugares que não se pode ver desse, o primeiro por que o próprio Rockfeller Center encobre e o segundo por motivos óbvios.
Central Park a partir do Belveder Castle
As Anas no Belvede Castle, com o Central Park e Midtown ao fundo
Vista do Central Park a partir do Top of the Rock
O Empire State a partir do Top of the Rock
Panorâmica do norte de Manhattan a partir do Top of the Rock
Panorâmica do Sul de Manhattan a partir do Top of the Rock
A Rockfeller Plaza e a estátua de Prometeu trazendo o fogo para a Terra
Muito bom.... estão de parabéns, eu que não tinha vontade de ir para EUA, fiquei maravilhada !!!!!
ResponderExcluirBJS
Boa noite, vocês estão de Parabéns! O blog é muito interessante... Estou indo agora no fim de dezembro pela primeira vez para NY com a minha família e gostaria de saber, na opnião de vocês, o que é imperdível?
ResponderExcluirFicaremos apenas 4 dias e estaremos indo com uma criança pequena (4 anos)... Espero que vocês possam me ajudar! abçs
Boa noite Gabriel, ficamos muito felizes com sua visita e mais ainda com seus elogios.
ExcluirBom, com relação à sua dúvida, o que posso dizer é o seguinte: com bom planejamento dá para fazer muita coisa em quatro dias. NY é uma cidade super bacana de se visitar, tem muita coisa legal para fazer.
Pois bem, final de dezembro é super frio, ou, pelo menos, deveria ser. Ano passado não foi tão frio assim, inclusive foi o primeiro natal, em muitos anos, sem neve. Voltando ao frio, se não estiver nevando muito os passeios podem ser feitos com tranquilidade, desde que bem agasalhados, por que o vento é de cortar e, em alguns momentos, você xinga até a sua décima-terceira geração por ter deixado de colocar mais aquela blusa ou luva, antes de sair do hotel. Se estiver nevando muito, os passeios ao ar livre terão que ser bem pensados, em especial por vocês estarem com uma criança de quatro anos.
NY tem muita coisa para ver e aproveitar, em qualquer época do ano. Mesmo achando que possa passar uma noção de alguns passeios bacanas que vocês podem fazer, sugiro, mesmo assim, adquirir um bom guia de viagens e planejar visitas naqueles lugares que mais chamam a atenção de vocês.
Um lugar que não pode deixar de ser visitado, em especial para crianças (mas os adultos adoram também) é o Museu de História Natural, no Upper West Side. Se vocês gostam de museus, dá para passar o dia por lá. Se não for esse o caso, dá para aproveitar o restante do dia para um passeio super bacana pelo Central Park (não deixem de visitar o Belvedere Castle, de onde se tem uma das vistas mais bacanas de NY.
Andando pelas ruas de NY, não deixem de percorrer a 5th Avenue. Visitar o Rockfeller Center e subir ao Top of the Rock também um passeio muito interessante. O mirante do Empire State pode parecer, no primeiro momento, mais atraente, mas se você tiver que escolher um dos dois, podem apostar no Top of the Rock, já que de lá vocês poderão observar todo o Central Park e uma belíssima vista de 360° da ilha de Manhattan. Já do Empire vocês não conseguirão observar o Central Park, já que o Rockfeller Center fica bem na frente. Uma visita ao Grand Central Terminal (terminal ferroviário de NY) é obrigatória. O lugar é lindo e foi cenário de vários filmes que nos acostumamos a ver por aqui. Aproveitem para almoçar por lá, em um dos muitos pequenos restaurantes que servem os apressados nova-iorquinos na correria do dia a dia e curtam uma experiência do cidadão normal daquela metrópole. Passeiem pela Time Square (se puderem, assistam a algum show na Broadway ou no Madison Square Garden (vale também jogo de basquete da NBA), vocês não irão se arrepender. Se tem alguma coisa que os norte-americanos fazem bem é a arte do entretenimento.
No Downtown Manhattan vale uma visita ao Battery Park, ao Ground Zero (local onde está sendo reerguida o WTC), para conhecer o museu do 11/9, a Wall Street e o Pier 17. Logo depois, vocês podem escolher entre visitar a Chinatown ou passar a Brooklyn Bridge.
Podem utilizar o sistema público de transporte sem medo, é super confiável e fácil de usar. Vocês podem pegar os mapas de metrôs e ônibus em qualquer estação e aproveitar a organização do sistema.
De modo geral, sempre tivemos sorte com os nova-iorquinos, toda vez que precisamos de ajuda ou orientações, não nos decepcionaram e foram super prestativos. A Estátua da Liberdade é um ícone de NY, no entanto, não é imperdível. Se vocês ficarem sem tempo ou se o clima não ajudar, não se culpem e podem escolher outro passeio de seu agrado. Acho que, nesse primeiro momento, é isso. Acabo falando (escrevendo) demais. Mas fiquem à vontade perguntar e tirar dúvidas à hora que quiserem. Vamos manter contato e faremos o possível para ajudar em tudo que estiver ao nosso alcance, da mesma maneira que outros viajantes fizeram e fazem para nós sempre que precisamos de ajuda.
Um grande abraço e tenham um excelente final de semana.
Família Souza.