terça-feira, 13 de julho de 2010

New York - 13 de julho de 2010

Seção Carta do Leitor

Gostaria muito de agradecer os comentários elogiosos feitos pelo nosso amigo Rafael Fortes em nosso último post. Meu caro Rafael, a título de curiosidade, sou bombeiro-militar do Paraná, como você poderá perceber (ainda mais) pelo post de hoje. Outro detalhe que gostaria de lhe passar é sobre o uso do GPS dentro de áreas urbanas. Percebi que em áreas mais centrais, em que se circula em "vales" de arranhas-céu, como na Market St., Philadelphia, e nas ruas centrais de New York o GPS tem dificuldade de manter a captação dos sinais emitidos por um número mínimo de satélites, fazendo com que a mocinha que fica lá dentro comece a "bater pino". Tem horas que ela diz que você está em uma determinada rua e você sabe que está em outra. Em outras oportunidades mostra na tela do GPS que você está andando na direção contrária da que você realmente está e por aí vai. Assim, pela experiência que tivemos agora, recomendo sempre possuir um mapa dessas áreas em mãos e um bom co-piloto do lado direito, para auxiliar na localização das ruas. Há situações em que nada substitui o talento, para todas as outras, existe a mocinha do GPS. Com relação ao show da Ivete Sangalo, acredito (veja bem, apenas acredito) que não haja problema, pois, como vamos a um show do Jack Johson amanhã (14 de julho de 2010), no mesmo Madison Square Garden, e iríamos a um show do U2 na Philadelphia (12 de julho de 2010), uma das coisas que me preocupei em pesquisar foi a possibilidade de levar minha filha ao show (a Ana Carolina, que está com 14 anos) e descobri que, para a maioria dos shows, não há qualquer impedimento com relação a entrada de crianças, desde que acompanhadas de um adulto, mesmo que de colo. Normalmente, o organizador do show e o revendedor dos ingressos expõe esse tipo de informação nos sites da internet e nos locais de venda de ingressos. Acho que vale a pena dar uma pesquisada. Realmente, você tem razão sobre New York, chegamos hoje, nem deu tempo de muita coisa, mas já estamos adorando. Valeu pela dica da bicicleta no Central Park, mas teria um problema com as minhas Anas. Nenhuma delas entende da arte de pedalar, sendo assim, vamos caminhar mesmo.

Paty e Bia, realmente a experiência do aquário foi maravilhosa. Tinha tido uma oportunidade parecida com essa em 2002, no Japão, e ficava imaginando o dia em que poderia levar as Anas a um lugar assim. Finalmente, consegui. Show de bola.

Mãe, o comentário anterior também vale para você. Mas estou falando em separado com você em virtude da data de hoje. Parabéns pelo seu aniversário. Pena que não podemos passá-lo juntos (aqui em New York, claro, por que "besteira pouca é bobagem"), mas não faltarão oportunidades. Aproveitando o ensejo (gostou dessa palavra?), já quero deixar os parabéns, adiantados, para o pai, em virtude do seu aniversário amanhã (14 de julho - "caraca", quase setentão hein?!?!? Essa é o que? A quarta ou a quinta idade???? Ahahahah), já que não sei que horas voltaremos do show e se estarei em condição de postar qualquer coisa (prometo a todos que estão ansiosos pelo post do show do Jack Johnson - leia-se Bia - que farei um esforço). É claro que ligarei durante o dia, mas também gostaria de parabenizá-lo publicamente. O "véio" é meio "crica" (não sei se usam essa palavra no resto do Brasil ou se é regionalismo, mas quer dizer ranzinza mesmo), mas merece. Não esquece do meu álbum pai.

Paloma, obrigado pelo seu último comentário. Estamos nos esforçando para agradar a todos os nossos amigos-seguidores-leitores.

O primeiro dia em New York ninguém esquece

Henry e Denise do "Nova Iorque para mãos-de-vaca" (quem pretende visitar Nova Iorque na classe econômica não pode deixar de conhecer o site deles e de adquirir o e-book, vale a pena as dicas) obrigado pelas dicas e pelo guia, já deu para perceber que será bastante útil.

Hoje o dia começou muito diferente de todos os outros, estava chovendo aos baldes. Pensa numa chuva forte. Pensou? Então dobra. Pois é, chegou quase lá. Como não tinha muito o que fazer e tínhamos horário para chegar em New York para entregar o carro e, daí, resolver o que fazer com as bagagens até a hora do check in, levantamos e demos uma corrida ao Starbuck's da esquina. E dá-lhe chuva.

Voltamos ao hotel, fizemos o check out, pedimos o carro (pausa para um comentário - foi o pior serviço de valet e estacionamento de toda a viagem, a impressão que os operadores do estacionamento do hotel passavam era a de que estavam nos fazendo um favor. Nada contra o hotel, que foi muito bom, e contra as pessoas da Philadelphia que, em sua esmagadora maioria, são extremamente simpáticas) e partimos para a estrada.

Bom, aqui entra o início da história que comecei no comentário dedicado ao Rafael. A danada da mocinha do GPS não queria saber de acordar e ir para o batente e, como não podíamos ficar parados na entrada do estacionamento esperando a boa vontade da madame, comecei a deslocar na direção que, na minha ignorância, seria a correta. Lá pelas tantas, depois de uns 10 minutos, a mocinha resolveu dar o ar da graça. E começou errando, de cara. Nos mandou para uma saída da cidade que estava fechada para obras. Como não dava para passar o Rio Delaware por ali, comecei a ir em outra direção, esperando que ela recalculasse a rota e escolhesse outro caminho. Que nada, ela insistia naquele. Que desespero. E ainda por cima tinha o horário.

Depois de muita briga, ela resolveu nos indicar outro caminho. Fomos na direção, passamos o rio, entramos em New Jersey e pegamos a auto-estrada. Mas, como desgraça pouca também é bobagem, ao passar por uma praça de pedágio, a minha co-pilota foi querer ler o ticket do tal pedágio e, como havia umas "150" saídas na pista e a mocinha do GPS também resolveu ficar muda nessa hora, peguei a saída errada (nunca vi tanta incompetência junto - me incluo nessa também). Resultado: 13 milhas na direção contrária, no meio daquela tempestade da qual eu falei antes, até o próximo retorno. Detalhe, para sair da estrada e pegar o retorno tinha que pagar o pedágio do percurso errado. Pode uma coisa dessas?

Fizemos o tal retorno, pegamos a estrada certa dessa vez e tomamos, novamente, a direção de New York. E dá-lhe chuva. E dá-lhe atraso. Na chegada a New York abasteci o carro logo na entrada, para devolver com o tanque cheio, como era previsto, à locadora.

Como na chegada a New York havia parado de chover e em virtude de estarmos já atrasados para a entrega do veículo (atraso esse que, segundo o contrato, incidiria multa) resolvemos ir todos à locadora, entregar o carro e, depois, irmos todos caminhando, com as bagagens, para o hotel que, afinal, ficava a apenas 4 quadras dali.

Aqui a sorte começou a mudar. Embora estivessemos uma hora atrasados para a devolução, não houve incidência de nenhuma multa. Além disso, o procedimento de devolução foi bastante tranquilo e rápido. Pegamos, então, nossas bagagens e fomos ao hotel ver o que dava para fazer com as bagagens até a hora do check in, que estava marcado para as 16h. Eram 11h45min. Para a nossa surpresa a recepcionista do hotel nem questionou a questão do horário, falou, inclusive, que havia quartos vagos e que o nosso, como estava com reserva antecipada, já estava disponível. Ou seja, ao meio-dia já estávamos dentro do quarto nos preparando para sair almoçar. No dia anterior, a minha preocupação era que, a essa hora, estivessemos sentados no lobby do hotel, cuidando das malas.

O almoço foi um caso a parte. Como havia começado a chover, não sabíamos muito bem o que faríamos (lembram daquela tempestada da estrada? Pois não é que ela resolveu nos seguir!). Resolvemos, então, ir no Grand Central Terminal, que fica colado ao hotel e não precisaríamos tomar chuva, já que dava para chegar lá caminhando por baixo das poucas marquises que dividem as duas edificações.

O Grand Central Terminal é um espetáculo. Enorme, muito bonito, super movimentado. Uma loucura, na verdade. Inaugurada em 1913, as obras da construção desse terminal de trens, de estilo belas artes, consumiram 10 anos. No saguão principal (Main Concourse), uma imensa câmara abobadada com enormes janelas em arco, fica o ponto de encontro: uma cabine de informções coroada por uma vistoso relógio de quatro faces em opala. Em uma das extremidades do saguão principal fica o Grand Central Market, com padarias, casas de queijo, frutarias e outras iguarias. No piso inferior há uma espécie de praça de alimentação (Dinning Concourse), onde há opções de comidas de todos os tipos, como o Oyster Bar (recomendação do meu amigo Fatuch), confeitarias, sanduicherias, comida chinesa, comida indiana e por aí vai. A questão lá é conseguir se servir e conseguir um lugar. A concorrência é enorme. Como tudo por aqui.

Resolvemos comer em um restaurante de comida chinesa chamado Feng Shui. Não sei se era eu que estava com fome e cheio de comer pizza e sanduíche. Mas que a comida estava boa, ah, isso estava. E como estava. Eles servem em uma espécie de linha de servir (parecido com um buffet) só que são eles que servem. Você escolhe o prato e eles vão colocando em um tipo de marmita de isopor, com divisórias. Depois você vai para o caixa, escolhe a bebida, paga, pega talheres (descartáveis), guardanapos e vai para a segunda batalha. Achar um lugar.

Dois fatos pitorescos nessa passagem. Primeiro foi ver a Ana Paula e Ana Carolina tentando se virar para pedir para os atendentes. Era um tal de fazer sinal para cá e sinal para lá. Além disso, as caras de desespero das duas eram cômicas. Olhos esbugalhados e aquela cara de paisagem de quem não entende uma só palavra. Mas as duas se viraram muito bem. Até a Ana Carolina entende alguma coisa, só não fala quase nada. Mas aprendeu uma que ela não esquece mais. A palavra spice (apimentado), pois, em um desses dias, ela pediu uma costelinha de porco spice no Ruby Tuesday. Saiu com a boca assada. O segundo fato foi que o único lugar que encontramos para comer foi em pé. Isso mesmo, em pé. No meio da Dinning Concourse do Grand Central Terminal. Lado a lado com gente que você nunca viu na vida e que, com 99,9999% de certeza, não verá nunca mais (e se ver também não saberá quem são). Mas foi muito legal.


As Anas comendo no Grand Central Terminal

Eu e Ana Carolina no mesmo almoço

As Anas no saguão principal do Grand Central Terminal

Eu e Ana Carolina no mesmo saguão - a esquerda, no fundo, o balcão de informações com o relógio de quatro faces em opala

A Ana Carolina com a entrada do Grand Central Terminal ao fundo

Depois que saímos do Grand Central havia parado de chover e resolvemos fazer a caminhada pela 5ª Avenida em direção ao norte e ao Central Park (embora hoje não fossemos visitá-lo). A primeira parada foi na St Patrick's Cathedral, devotada a São Patrício em 1879, com sua fachada neo-gótica, que faz um contraponto às superfícies lisas dos arranha-céus vizinhos. Possui vitrais impressionantes. Para variar, como muitos prédios que visitamos, estava em processo de restauração.


As Anas em frente à St Patrick's Cathedral

Continuamos subindo a 5ª (como estou ficando íntimo, já estou tratando só pelo primeiro nome, aboli o avenida) e fomos passando por vários locais conhecidos de filmes, seriados e fotos sobre New York, como as lojas Louis Vitton, Gucci, Bulgary, Prada, Armani e os prédios do complexo Rockfeller Center, o Trump Tower e as lojas da Apple e FAO Schwarz (de brinquedos). Essas duas merecem comentários mais detalhados.

A primeira pelo cubo de vidro que se ergue no ponto onde a 5ª se encontra com a Grant Army Plaza. É a principal loja da Apple em New York, com uma escada em espiral que vai ao subsolo, onde, de fato, funciona a loja. Consta que, sozinha, essa loja vende um iPod a cada 2 minutos. O detalhe é que, pelo menos hoje, era quase impossível ver qualquer coisa lá dentro, imagina comprar. Estava lotado. Ainda assim, não perdi a oportunidade de xeretar no iPhone 4 e no iPad. Show de bola, os dois.

A FAO Schwarz chama a atenção, primeiro pelo piano gigante que foi cenário do filme "Quero ser grande", com Tom Hanks, e depois pela beleza do lugar. Não tem como não virar criança lá dentro, de tanta coisa bacana. É óbvio que acabei achando alguns miniaturas de carros de bombeiro e comprei duas delas.


O cubo de vidro da Apple que surge do nada no meio de uma praça.

A Ana Carolina e o piano usado pelo Tom Hanks em "Quero ser grande"

Eu e Ana Carolina em frente à FAO Schwarz - com a sacola dos carrinhos

Os carrinhos de bombeiro comprados na FAO Schwarz - o da esquerda é um réplica, na escala 1:50, de uma escada mecânica Magirus-Drehleiter, modelo 4114, da década de 1950. O da direita é uma réplica, na escala 1:24, de uma Ford Expedition XLT utilizada como carro de comando operacional de área do FDNY (o Corpo de Bombeiros de Nova Iorque).

A Ana Carolina sonhando com as bolsas da Louis Vitton

As Anas na entrada do complexo Rockfeller Center, o qual pretendemos visitar (inclusive o Top of the Rock) na quinta-feira

As Anas e a St Patrick's Cathedral

Antes de voltar ao hotel, demos uma passada pelo complexo de edifícios da ONU, na United Nations Plaza, entre a 42 e a 48. Foi uma pena que não deu tempo de fazer a visita guiada, disponibilizada aos visitantes. E pelo edifício da Ford Foundation, onde há um conjunto de jardins suspensos em um átrio de 12 andares, construído em 1967. O prédio da Ford Foundation foi um dos primeiros edifícios dos Estados Unidos a utilizar o espaço urbano desse modo inovador. Na volta passamos pelo Tudor City, um conjunto de apartamentos clássico dos anos 1920, quando os terrenos ao longo do rio East (onde hoje é a ONU e mais um tanto) eram ocupados por favelas e matadouros; por isso, as janelas são voltadas para o oeste, na direção do Rio Hudson, do outro lado de Manhattan.


As Anas em frente ao prédio da ONU

A Ana Carolina com o Tudor City ao fundo - as janelas voltadas para o Rio East não são originais

O Tudor City original - face voltada ao Rio Hudson

As Anas nos jardins supensos do Ford Foundation - muito legal esse prédio

A Ana Carolina no Ford Foundation

Na volta ao hotel estavamos procurando por um Dunkin' Donuts quando demos de cara com uma Fire Station e com o pessoal voltando de uma ocorrência. Não tivemos dúvida e paramos para uma foto e para dar uma observada no equipamento.

Amanhã pela manhã vamos visitar a Lower Manhattan (a parte de baixo, só que dita de um jeito mais bacana), onde está o Museu do Bombeiro de Nova Iorque, o Ground Zero (onde ficavam as Torres Gêmeas), Battery Park, Pier 17, a ponte do Brooklyn e a Wall Street. A tarde damos uma passada pela Time Square e voltamos para nos preparar para o show do Jack Johnson. Mas isso, eu conto outra hora.

8 comentários:

  1. Oiiii já achava q NY era linda mas agora fiquei encantada, acho q da p ficar louco de tanta coisa q tem por aí né?! Rsrs

    E como vc disse, sim estarei super ansiosa, seja um cunhado bem legal e pelo menos então depois do show coloque as fotos no orkut rsrsrs e é claro, tirem foto do Jack Johnson e se ser p filmar um pedacinho, eu agradeceria huahuahua

    Comam cupcake aí , por mais q sei q vcs não vão no Magnolia mas se acharem outra lugar q tem, experimentem pq quero saber se a cobertura de buttermilk é boa rsrsrsrs

    bjosss

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  2. Amigos, dêem uma passadinha no nosso blog www.familiachavesnoseua.blogspot.com. Fizemos uma homenagem a vcs. É simples, mas de todo coração.

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  3. Fotos lindas de Nova York...

    É difícil não observar como tudo aí parece imenso!!!

    Bom show para vocês!!!

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  4. Paulo, nós já tinhamos falado, quando mais precisamos das vozes de dentro do GPS, parece que não querem funcionar, ainda mais quando o dia está muito fechado também demora....... por isso sempre tínhamos mapas nas mãos........ mas sempre tem um momento de distração.

    Estou adorando a viagem..... é claro que quero os detalhes assim que vcs chegarem.....como estamos no meio da reforma, está meio corrido.

    Primos, aproveitem os dias restantes.....

    BJS

    Andreia

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  5. Adorei NY , me senti neste passeio.....quem sabe eu possa convencer teu pai um dia iremos conhecer também. E com todas as suas informações tudo com certeza ficará mais fácil. Já fomos em tantos países, mas ele não sente vontade de conhecer aí, mas não desisto...
    As fotos estão como sempre muito bem tiradas e lindas. Estamos com saudades. Mande dizer quando souber o horário da chegada de vocês. E o Atlético, como sempre está na ZR pois perdeu para o Cruzeiro de 2X0
    Beijos
    Mãe e Pai

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  6. olá pessoal, estou planejando uma viagem em 4 pessoas para nova iorque final de novembro. Como vamos ficar 12 dias, pensei em ficarmos menos na city e irmos para outras cidades. Pensei em Washington, filadelfia, boston e atlantic city. Nao encontrei nada esclarecedor sobre o que fica no caminha do que e o que é na direcao oposta. Assim, se puderem me dar uma informadaaa. Ah, e quanto se gasta com combustivel para carro por ai, agradeco.!!
    Curtam bastante e boa viagem,
    Luisa.

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  7. Oie!!! Tudo bem por aí???
    Estava lendo o que vcs escreveram e não pude deixar de dar muita risada quando imaginei as Anas "se virando" pra pedir comida! Deve ter sido muiiiito engraçado! hehehe
    Beijão e boa noite!!!
    Paty!

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  8. da-lhe comando... parabéns pela iniciativa e coragem.... esperamos a volta para saber das novidades... (e do relatório!!!) imagine uma viatura daquelas no portão...abraços e bom retorno!!!! lorenzetto

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