Lá vamos nós de novo, o primeiro dia parecia que não ia acabar. Parece falta de criatividade, mas não é. E não é força de expressão. Com essa brincadeira de viajar para o oeste nós ganhamos 4 horas a mais no dia - entenderam agora o porquê do título do post??? - e o dia realmente parecia que não queria acabar. Por um lado foi ótimo, pois deu tempo de fazer muita coisa, por outro, nem eu, nem a Ana Paula aguentamos de tanto cansaço.
Na verdade a brincadeira começou no domingo, dia 05 de junho, por volta de 09h da manhã, quando saímos de casa para irmos ao aeroporto, acompanhados de meu pai, seu Ewaldo, e da Ana Carolina, nossa filha linda. Depois de enfrentar as típicas filas de check-in, que parecem não ter mais solução, conseguimos despachar as bagagens, segundo o pessoal da Gol (de novo), até o destino final, ou seja, San Francisco - nunca é!!! Mais à frente vocês saberão por que.
Saída de Curitiba - para variar nublada
Embarcamos em Curitiba, em direção a São Paulo, onde chegamos por volta de 13h, comemos uma gororoba qualquer para enganar a fome e iniciamos a primeira de nossas 1.763 voltas nas lojas do aeroporto para gastar o tempo e dar o horário do embarque no voo para Atlanta, que era às 20h50min, e que, como sempre, não saiu às 20h50min, atrasou "apenas" 55 minutos e saiu às 21h45min. Um dia nós seremos o país de primeiro mundo que alguns governantes tem certeza que somos e que por isso não acham que não precisam fazer mais nada a não ser subir em palanques e vociferar contra seus adversários e "elites" que os estão tentando derrubar do poder...mas isso é outra história, vamos voltar ao que interessa, a viagem.
Pois bem, depois de uma noite inteira de sofrimento, tentando dormir sentado igual a aluno de academia militar, reto como um poste (por que poltronas de avião tem a opção de reclinar, se elas só reclinam uns três centímetros??? Obviamente estou falando das poltronas dos mortais. As empresas aéreas economizariam no mecanismo), chegamos a Atlanta por volta de 07h da manhã, 08h em Curitiba (aí já ganhamos uma horinha - beleza), passamos pela imigração, novamente sem problemas, só que dessa vez pegamos um agente da TSA que não estava muito para papo, mas que, em compensação, nos liberou em não mais do que 3 minutos. Foi só o tempo de pegar digitais, tirar as fotos e carimbar os passaportes.
Fomos para o baggage claim, pegamos as malas e levamos para as esteiras de despacho para conexões. Como sempre o pessoal da Gol estava errado sobre pegar a bagagem no destino. Depois disso, passamos pela segurança do aeroporto, procuramos e encontramos, no painel dos voos, o nosso portao de embarque e fomos pegar o shuttle (que no aeroporto de Atlanta é uma espécie de metrô) que faz a ligação entre as diversas asas do aeroporto de Atlanta. Como já conhecíamos o aeroporto ficou tudo mais fácil, e olha que nesse caso fez diferença, já que estamos falando do maior aeroporto do mundo atualmente, tanto em tamanho, quanto em volume de voos.
Fomos para o baggage claim, pegamos as malas e levamos para as esteiras de despacho para conexões. Como sempre o pessoal da Gol estava errado sobre pegar a bagagem no destino. Depois disso, passamos pela segurança do aeroporto, procuramos e encontramos, no painel dos voos, o nosso portao de embarque e fomos pegar o shuttle (que no aeroporto de Atlanta é uma espécie de metrô) que faz a ligação entre as diversas asas do aeroporto de Atlanta. Como já conhecíamos o aeroporto ficou tudo mais fácil, e olha que nesse caso fez diferença, já que estamos falando do maior aeroporto do mundo atualmente, tanto em tamanho, quanto em volume de voos.
O que nos surpreendeu positivamente dessa vez foi, mesmo considerando a péssima posição ergonômica das poltronas de avião destinadas aos meros mortais, a qualidade dos aviões e do serviço de bordo da Delta. Realmente impressionou. Boa comida, atendentes simpáticos e com muita boa vontade e assim por diante. Para vocês terem uma ideia, embora a muito tempo já tenha conhecimento e já tenha utilizado aeronaves com esse tipo de equipamento (e até melhor), os aviões da Delta agora são equipados com monitores individuais para todos os passageiros, além de uma programação vasta de filmes, programas de TV, séries, games e a função de receber todas as informações sobre a situação do voo, como a distância percorrida, temperatura externa, altitude, tempo de estimado para o destino, mapas demonstrando a rota e a localização do momento, entre outras informações.
Monitor individual da Delta - atualização em tempo real da localização da aeronave
Ana Paula em uma das muitas asas do aeroporto de Atlanta
Esperando para embarcar para San Francisco
Passando por cima dos Canyons
A viagem de Atlanta a San Francisco foi tranquila, embora muito cansativa, pois já vínhamos de 9h30min de voo do Brasil e pegamos mais 4h20min até o destino final. Embora o cansaço da viagem, o trajeto e as condições do tempo nos proporcionaram vistas fantásticas do meio oeste americano, com seus desertos, conjuntos de canyons e cadeias de montanhas, chamando atenção a Sierra Nevada, na divisa dos estados de Nevada e Califórnia. A vista aérea dessa gigantesca cadeia de montanhas, com seus picos eternamente nevados, é fantástica, só vendo para crer nas dimensões e na beleza que a natureza pode nos proporcionar.
Sierra Nevada - Divisa de Nevada com a Califórnia
Chegamos no aeroporto por volta de 10h30min (hora local, em Atlanta eram 13h30min e em Curitiba 14h30min), recolhemos as bagagens e fomos pegar o Airtrain, um metro elevado que conecta os terminais do aeroporto, incluindo os setores de carga, transporte público, garagens e locadoras de automóveis. Às 11h30min estávamos saindo da Hertz com o carro alugado. Pausa para um comentário sobre o carro. De novo, recebemos um upgrade sem ter solicitado, e dessa vez nem estava incluído taxa para devolução em outra cidade. Nos deram, no lugar do Nissan Sentra, que havíamos locado, um Nissan Altima, que é da mesma categoria do Toyota Camry do ano passado.
Uma vez na cidade (abençoado o tal do GPS), como o tempo não estava aquela maravilha que todo viajante sonha - frio, vento e chuvisco, parecia que eu tinha voltado para Curitiba - fomos fazer algumas compras, que faríamos em algum momento, e, depois, com o tempo um pouco melhor, fomos dar uma olhada nas "Painted Ladies", um conjunto de casas vitorianas localizadas na Steiner Street, em frente à Alamo Square, que são marca registrada de San Francisco. A vista que se tem do canto sudoeste da praça, localizado no alto do que deveria ser uma colina, em direção ao Financial District é muito bonita e impressionante. Pena que não estava um sol bonito para melhorar a qualidade das fotos.
As famosas casa em estilo vitoriano em San Francisco
Mais uma vista das famosas casas chamadas de Painted Ladies, com o Fnancial District ao fundo
Alamo Square, em frente às Painted Ladies
Depois das Steiner Street, fomos para o hotel para descarregar as bagagens, deixar o carro e dar uma caminhada pela downtown, aproveitando para conhecer os arredores da Union Square, Chinatown e Powel Station. Mas, antes de chegar ao hotel, passamos pela prefeitura da cidade, que chama a atenção por sua arquitetura, pela cúpula gigantesca e pela rotunda impressionante que há em seu interior. A edificação localizada logo à frente, do outro lado da Van Ness Avenue, o Opera House, é outra peça de arte. Abriga um memorial aos veteranos da WW II e um praça muito bonita entre os dois prédios do complexo.
Portão do Opera House e o City Hall ao fundo
Prefeitura de San Francisco ao fundo e a praça entre os prédios do Opera House e Memorial dos Veteranos
Praça entre o WW II Veteran Memorial e o Opera House e a prefeitura de San Francisco ao fundo
Prefeitura de San Francisco
Cúpula da prefeitura
Telefone para emergências
Prédio público do governo da Califórnia em San Francisco
Por volta de 13h30min fomos fazer o check-in no Nikko Hotel, localizado na 222 Mason Street, na região da Union Square. O hotel é muito agradável e bem localizado, o que nos permite vários passeios a pé, o que é muito melhor.
Quarto do nosso hotel
Quarto do hotel visto pelo outro lado
Brinquedinhos novos....rsrsrs
Depois de checados no hotel e com as bagagens guardadas, fomos explorar a região ao redor. Foi nessa hora que a gente viu como a gente ganhou tempo nesse dia, parecia que já estava terminando, mas ainda tínhamos várias horas para aproveitar pela frente. Começamos caminhando em direção a Chinatown, em direção ao Financial District. É impressionante o número de lojinhas que vendem de tudo, de palito de dente à nave espacial. Porém é tudo muito bonito, há uma organização incrível no meio do que deveria ser uma bagunça. No fim das contas, o que posso dizer é que passear na Chinatown de San Francisco é muito agradável. Vale a pena o passeio.
Escultura em umas das ruas de San Francisco
Portal de Chinatown
Mais uma escultura, agora um menino bombeiro
Rua de Chinatown
Olha a "subidinha" dessa rua....rsrs
Rua de Chinatown
Portal de Chinatown
Escadaria de emergência dos prédios
Saindo de Chinatown, fomos em direção à Union Square, a praça que recebeu o nome em virtude de protestos a favor da União durante o período da Guerra Civil. Hoje, ela abriga um grande número de lojas famosas no seu entorno, além de ser ponto de encontro da cidade e local de observação de tudo que se passa no seu meio artístico. No entanto, foi aí que começou meu pesadelo. Foi um entra e sai de lojas que eu nem sabia que existiam, mas que fiquei conhecendo de ponta a ponta, tipo Macy's, Sephora, Victoria's Secret, Tiffany & CO, Forever 21, e por aí vai. O que a Ana Paula viu de perfumes e maquiagem foi uma enormidade. Agora pense, eu, que não sei o nome e para que servem essas coisas nem em português, tinha que perguntar e explicar para as vendedoras em inglês.
Dois fatos pitorescos que ocorreram nessas lojas. Primeiro a vendedora de produtos de uma tal de Clinique, na Macy's, ela, na maior simpatia, tentava se comunicar com a Ana Paula, num misto de espanglish com portunhol, que só estando lá para ver. Ela foi muito legal, mas foi melhor voltar para o bom e velho inglês. Tudo bem que a Ana Paula não entendia nada, mas do outro jeito ninguém estava entendendo. Nem ela e nem eu. Além disso, a única coisa possível de se compreender no português que ela falava era algo que que tinham lhe ensinado e que ela sabia que não era legal, mas que achava engraçado: "Cala a boca", vê se pode. E ela dava risada.
Depois foi uma vendedora da Victoria's Secret, a Josefine, ficamos até íntimos dela, uma figuraça rara. De cara eu já fui falando que a Ana Paula não falava inglês, mas, mesmo assim, ela ficava atrás da Ana explicando para que serviam e o preço das coisas, além de dando dicas do que estava em promoção valia a pena comprar. Depois que ela se tocava que a Ana não 'tava entendendo nada ela olhava para mim, pedia desculpas e começa a explicar tudo de novo. No entanto, a Josefine, ao contrário da vendedora da Clinique, aprendeu alguma coisa boa de português, ela dizia sempre "bom" e, na saída, disse "volte logo" e "obrigado". Muito simpática as duas. Pelo menos isso salvou o martírio das lojas de cosméticos e de roupas.
Union Square
Union Saquare
Ana Paula saindo da Tiffany, toda sorridente
Depois do sofrimento das compras, veio uma hora muito especial: fomos jantar. E jantamos em um lugar muito bacana, chamado Lefty O'Doul's, um misto de bar e restaurante, localizado na 333 Geary St., que vale muito a pena conhecer. A comida é excelente e relativamente barata, além de oferecerem um ambiente muito agradável e que, em tudo, lembra baseball, o esporte mais adorado dos americanos. Quem for a San Francisco não pode deixar de visitar esse lugar extremamente agradável e de comida saborosa.
Jantando em um restaurante perto do hotel
Tomando Moon River, cerveja feita em Savannah - Georgia
Restaurante
Mais uma foto do restaurante
Depois do jantar, fomos para o hotel descansar um pouco, já que, se dia de 24 horas já cansa, imagina um com 28 horas e com pouquíssimas delas de sono. Cheguei a começar esse post, mas quando me peguei escrevendo e dormindo, ao mesmo tempo, e ter lido que o que escrevi já fazia parte do sonho que estava tendo, cheguei à conclusão que era hora de parar e ir descansar um pouco.
Hoje tem show do U2, já peguei os tickets e estamos prontos para sair. Amanhã contamos como foi.
Nossa, fizeram muita coisa já no primeiro dia, incluindo os meus CDs...haha...tadinho do pai que teve que aguentar a mãe dentro das lojas,se eu ainda tivesse ai pra ajudar,né...hahaha.
ResponderExcluirRi bastante sobre as vendedoras das lojas, muito bom...haha.
Amanhã vai ser o post mais esperado,com certeza.
Beijos, amo muito vocês e aproveitem (:
Queridos, como sempre uma maravilhosa narrativa sobre a viagem, conseguimos saber dos detalhes e ficar aguardando o proximo post.
ResponderExcluirBeijos
Andreia e Sergio
NOssa,que coisa boa!! Horas a mais para conhecer td e se divertir??melhor que isso impossivel!!!
ResponderExcluirAdorei o relato ,as dicas e as fotos!1Ficaram ótimas!!SHow do U2??maravilha completa,rsrs..
Curiosa para saber mais!!
Abçs a vcs todos!!!
:-)
Adoro ler o blog de vocês.....como foi dito muito bem escrito.....as fotos lindas...tudo muito lindo
ResponderExcluirbeijos e boa viagem