Antes de começar a falar sobre o que fizemos nesse dia, quero abrir dois parênteses. O primeiro para falar sobre o carro que alugamos, que, quem curte carro, vai gostar dessa. O segundo é para explicar o porquê de não estarmos atualizando o blog diariamente como da viagem do ano passado.
Vamos lá, primeiro o carro. Bom, como vocês já sabem, nos fizeram um agrado na Hertz e recebemos um upgrade do carro. Saímos de lá com um Nissan Altima S 2.5. Até aí tudo bem, o interessante foram as descobertas posteriores sobre algumas funcionalidades do carro. Especialmente duas me chamaram a atenção. Primeiro, o carro não tem chave. Tudo bem, vocês vão me dizer que alguns carros no Brasil, como o Renault Megane, usam cartões no lugar de chaves. O detalhe é que no Altima você não usa nada, pelo menos "usar" do modo como entendemos, como uma chave, um cartão ou algo parecido. O carro tem um controle, como vários que conhecemos possuem, que abre e fecha as portas, abre o porta-malas e aciona o pisca para localizar o carro em um estacionamento. O detalhe é que esse controle se comunica com o carro quando próximos, sem a necessidade de manipulá-lo ou inseri-lo em algum conector do carro. Sua simples presença, como por exemplo no bolso do condutor, permite-lhe clicar um pequeno botão na maçaneta, o que, ao mesmo tempo, desativa o alarme e libera a porta do motorista, um segundo toque, no mesmo botão, libera as demais portas. Depois disso, é entrar no carro, atar o cinto de segurança, pisar no freio e acionar um botão que fica à direita do volante e o carro dá sinal de vida, roncando forte os seus 180 cavalos pelo escapamento duplo traseiro. E não adiante tentar, não pisou no freio, não liga; não afivelou o cinto, não sai. E se tiver passageiro, tem que afivelar o cinto. Ele percebe pelo peso no banco que há passageiro, então tem que usar cinto (esse era bom para o seu Ewaldo, meu pai, que teime em não usar cinto - tem que usar cinto de segurança pai!!!).
O segundo ponto interessante é o câmbio. Como a esmagadora maioria dos carros nos EUA, o Altima é automático (já falei sobre isso antes, se quiser câmbio mecânico, o comprador tem que pagar em torno de U$ 3,000 a mais por isso), mas conta com um dispositivo bem interessante para que gosta de dirigir de um jeito mais esportivo, sem se preocupar com conforto. Você pode passar o câmbio de automático para sequencial, fazendo as trocas manualmente, como em um fórmula 1. Até experimentei, por curiosidade, mas nada como um bom câmbio automático. Ainda mais esse da Nissan, o CVT, em que você não sente as trocas de marchas, em virtude do sistema de polias cônicas.
Obviamente, o carro possui muitas outras qualidades, como conforto, excelente isolamento acústico, um porta-malas gigante, cruise-control, potência e torque de sobra, entre outras, mas aquelas duas, pela peculiaridade, chamaram a atenção.
O segundo parênteses (lembram???? há um segundo parênteses depois do primeiro e gigantesco parênteses) é para explicar sobre nossa ausência por esses dias. É que as coisas começaram a acumular no dia do show do U2, pois chegamos perto da 01h da madrugada no hotel e não daria, em sã consciência, para elaborar um post, e terminaram de acumular ontem, pois ficamos sem conexão de internet no hotel em que estávamos (sobre o hotel de Santa Bárbara falaremos em um próximo post) e não foi possível colocar em dia. Mas aqui estamos, novamente, para contar as novidades do dia 08 de junho de 2011, sobre Fisherman's Wharf e Alcatraz.
O dia 08 de junho
Depois de nos alimentarmos na Starbucks do hotel, descemos a O'Farrel Street em direção à Powel e, depois, em direção à Market Street. Lá, nos dirigimos ao quiosque do serviço que controla o Cable Car (o bondinho símbolo de San Francisco) e compramos tickets de ida e volta pela linha Powel-Hyde, a mais disputada pelos turistas, já que, além de ir ao Fisherman's Wharf, passa pela Lombard Street, na descida da Hyde. Essa esquina forma um dos mais conhecidos cenários quando se trata de San Francisco.
Pagamos os U$ 20 pelas passagens (é quase um roubo a mão armada) e pegamos o bondinho. Fazia um frio de cortar, especialmente por que não havia aberto o sol e estava um vento de assoviar na curva (essa expressãozinha é do tempo do epa!). O passeio é muito bacana e interessante, principalmente quando se sabe que os bondes andam puxados por um cabo que corre por baixo das ruas o tempo inteiro e que, quando os bondes querem andar, os condutores acionam um mordente que agarra o cabo e, assim, o bonde é puxado. Outro fato interessante é a geografia de San Francisco. Impressiona a inclinação das ladeiras e como as edificações foram construídas em situação tão crítica e, mais impressionante ainda, continuam lá sem nenhum problema aparente.
Descemos na parada da Lombard Street para conhecer a rua mais sinuosa do mundo. E ponha sinuosa nisso. É só uma quadra, mas é impressionante. Além disso, o visual é muito bacana.
Já dá para se ter uma ideia da inclinação das ruas - Fisherman's Wharf a partir da Hyde St.
Descida da Lombard St. em direção à baía
Início da parte sinuosa da Lombard Street
Hyde com Lomdard, Alcatraz ao fundo
Término da parte sinuosa da Lombard St., é só uma quadra assim, mas é muito bacana,
pelo menos para quem não está dirigindo
Outra vista da Lombard St
E o povo não só mora nessa rua, como as casas são muito legais
Depois da Lombard St., fomos caminhando até a área do Fisherman's Wharf onde fica localizada a Ghirardelli, antiga fábrica de chocolate, que hoje está em outro local, utilizada como um centro de entretenimento e compras (de tudo que se possa imaginar). Passamos pelo museu de História Marítima da Bay Area (que merece toda uma manhã para explorá-lo bem) e depois fomos em direção ao piêr público de San Francisco. É claro que não poderia deixar de dar uma checada nas condições da água. Sabe que não é tão fria quanto achei que seria?!?!? É suportável. Mais do que a água do litoral do Paraná nessa época, que está bem gelada.
Área do Fisherman's Wharf
Ghirardelli Square com a antiga fábrica, hoje shopping, ao fundo
praia em San Francisco com o piêr público ao fundo
Hélices de embarcações do acervo do Museu Marítimo
Âncora gigantesca do acervo do Museu Marítimo
Roda propulsora das antigas embarcações a vapor dos EUA
Embarcação a vela antiga do acervo do Museu Marítimo de San Francisco
Área dos restaurantes do Fisherman's Wharf - esse é dos caranguejos gigantes
Piêr 39, talvez o mais concorrido, em virtude da boa área de restaurantes e lojinhas de souvenirs
Barraquinha de frutas no Fisherman's Wharf
Depois de uma boa caminhada, que incluiu ir buscar os ingressos para o passeio em Alcatraz, que já havíamos comprado com antecedência pela internet, já que corre-se o risco de ficar sem se deixar para comprar no dia (eu disse no dia, não na hora - os ingressos voam por lá), retornamos ao Pier 39 para procurar um bom almoço. Como já conhecíamos e a Ana Paula não parava de falar desse lugar desde que o visitamos pela primeira vez no ano passado, fomos ao Bubba Gump, rede de restaurantes de comida baseada em frutos do mar.
"Pratinho" de camarões que a Ana Paula pediu - ia do frito ao congelado,
passando por camarão assado e cozido.
Fiquei no mais do que normal peixe (mahi mahi - apimentado que dói) e camarão,
servido com purê de batatas
Leões-marinhos tomando sol no pier 39 - show da natureza
Caranguejo símbolo do pier 39
Hard Rock Cafe de San Francisco - no Pier 39
Depois de bem alimentados, fomos para o Pier 35 esperar a hora de embarcar para a Ilha de Alcatraz. Havíamos comprado ingressos para as 14h50min, mas precisamos estar na fila do pré-embarque às 14h20min. Para completar o tempo, ficamos sapeando as fotos e murais que contam a história de Alcatraz (faremos um post só para ela - a ilha)
Depois de embarcados, o barco deixou o pier e em, aproximadamente, 25 minutos já estávamos lá. A sensação de estar naquele lugar, onde alguns dos piores e mais perigosos criminosos dos EUA estiveram presos, foi indescritível. O local está muito bem conservado, com exceção da casa do antigo diretor e do vilarejo dos funcionários - que praticamente não existem mais. A visita, para quem quiser, é áudio-guiada. Basta pegar um dos muitos equipamentos disponibilizados pela administração do local. Há em torno de oito ou dez línguas disponibilizadas para o passeio e, por incrível que pareça, um deles é o português, detalhe, brasileiro. Valeu a pena cada centavo pago pelo passeio.
Amanhã falaremos sobre nossa viagem a Santa Barbara pela US 1, a conhecida Pacific Coast Highway. Mas isso é só amanhã.
Ainda no deck superior do barco, na chegada a Alcatraz.
Pátio de entrada do complexo - local onde a guia comunicou-se com os visitantes
A Ana Paula e as gaivotas da ilha - o visual é de tirar o fôlego
Entrada da penitenciária de Alcatraz, onde ficavam os pertences dos criminosos que lá cumpriam pena
Uma das celas "mobiliadas"
San Francisco, a partir da Ilha de Alcatraz
A foto fala por si própria
Retornando ao continente, com Alcatraz ao fundo
Uma das muitas esculturas que homenageiam a vida marítima ligada à cidade
O carro é ainda melhor que o do ano passado,hein? haha
ResponderExcluirO passeio pra Alcatraz deve ter sido maravilhoso, só de ver as fotos e ler o que vocês escreveram eu já gostei, magine estando lá.
Estou adorando acompanhar o blog hih
Beijos e amo vocês :*
P.S.: pai eu adorei a sua blusa do bombeiro hih