domingo, 25 de outubro de 2015

Cruzeiro MSC Poesia- março de 2015

Depois de ter adiado essa empreitada em algumas oportunidades, finalmente, resolvemos fazer um cruzeiro marítimo e, para isso, escolhemos um roteiro que uniria o útil ao agradável, já que, a algum tempo, planejávamos ir a Buenos Aires. De quebra, ainda teríamos um "amostra grátis" de Punta Del Este e de Montevidéu.

Como em boa parte de nossas viagens, contamos com os serviços da Alpha Turismo, agência pela qual contratamos o cruzeiro, com a MSC, e o serviço de transfer entre Curitiba e Santos, pela Transtupi Turismo e Fretamento.

O processo de escolha

Antes de mais nada, é preciso escolher o programa, já que há diferentes operadoras de navios de cruzeiros, variados itinerários, diversidade de acomodações nos navios e uma gama sem fim de passeios e atividades nas escalas.

Começamos por escolher a operadora e o navio. Para o nosso passeio, por diversos motivos, entre eles, valores, datas possíveis em nossa agenda e locais a serem visitados, ficamos com o navio MSC Poesia, que estava programado para fazer um percurso de 8 dias, saindo de Santos/SP, com escalas em Punta Del Este, Buenos Aires e Montevidéu, e retorno à mesma Santos.


Como era nossa primeira vez e por orientação do pessoal da Alpha Turismo, optamos por adquirir um pacote conhecido por Superbingo que, com tarifas atraentes, garante a tarifa de cabine interna e, ainda, participar de sorteio para definição do tipo de cabine a ser utilizada (interna, externa com vista para o mar e externa com varanda). Ou seja, somente saberíamos o tipo de cabine na qual ficaríamos após o embarque.

Um conselho que se revelou bastante útil para quem não tinha a menor ideia de qual escolher, baseado no que as cabines poderiam oferecer e na diferença de valores entre elas. Como o valor dessa opção é o valor da cabine interna, qualquer coisa diferente disso seria um excelente custo x benefício.


A viagem

Saímos de Curitiba/PR, em ônibus Executivo da Transtupi, às 02h da madrugada, do dia 24 de março de 2015, com destino ao Porto de Santos, com previsão de chegada às 09h, o que, efetivamente, ocorreu.

O check in para o embarque no cruzeiro estava previsto para as 13h, o embarque, propriamente dito, para, até, as 17h e a início da navegação para as 18h.

Primeiro conselho aos navegantes, para quem está longe do porto de embarque e puder, vá com um dia de antecedência para a cidade de embarque, tenha uma boa noite de sono e se dirija para o embarque apenas na hora prevista para o check in, pois, passar uma noite viajando de ônibus e todo um dia aguardando em salas de embarque lotadas e com infraestrutura limitada, demonstrou-se extremamente desgastante e garantiu uma pontinha de frustração já no início do passeio. Nada que comprometesse o restante da viagem, mas se revelou desnecessário.

O processo de embarque é relativamente complexo, já que estamos falando de mais de dois mil viajantes e suas bagagens, e a estrutura e a organização, pelo menos naquele dia, não foi das melhores.

De qualquer forma, após o embarque, todo o cansaço e frustração da espera foi embora, especialmente por que tivemos a felicidades de sermos alojados em uma cabine com varanda, em um andar alto do navio (9º andar), pelo ambiente agradável que encontramos e pelos bons serviços e atenção da tripulação durante a chegada.


Cabine externa com varanda - levamos sorte no sorteio


Devidamente embarcados e acomodados, passamos ao reconhecimento inicial do navio. É exatamente aí que, marinheiros de primeira viagem, nos damos conta de como são imensos os navios de cruzeiro, principalmente um, como o MSC Poesia, que acomodam 2550 passageiros e mais de 1000 tripulantes em quase 300 metros de comprimento e dezesseis andares de altura.

Para atender e organizar a vida dessa pequena cidade flutuante de mais de 3.500 habitantes, diariamente, o serviço de quarto do navio entrega, à noite, um jornal (Daily Program) com toda a programação de eventos e atividades do dia seguinte, incluindo horários de chegada e partida em portos (quando é o caso), condições do tempo, trajes sugeridos para os eventos da noite, apresentações de teatro, shows musicais, entre outros.

Além disso, o navio conta com sua própria agência de turismo, disponibilizando passeios e programas durante as escalas nas cidades pré-definidas. Esses passeios podem ser adquiridos previamente ou durante o próprio cruzeiro.

Vista das piscinas a partir do deck superior do navio

Punta Del Este

Nossa primeira escala foi em Punta Del Este, onde o navio chegou próximo ao meio-dia e de onde saiu às 18h. Durante esse tempo, aproveitamos para fazer um city-tour, com visita à Casa Pueblo.

Punta Del Leste é um balneário mundialmente conhecido, onde pessoas do mundo inteiro se encontram e onde acontecem vários festivais de cinema e conferências internacionais. Durante o passeio, tivemos a oportunidade de passar pelas zonas residenciais de San Rafael, Cantegrill e Beverly Hills. Em Punta Ballena paramos para conhecer a Casa Pueblo, casa e ateliê do famoso e já falecido pintor Carlos Paez Vilaró, em estilo mediterrâneo, onde está exposta a coleção de um dos mais famosos artistas da arte contemporânea.

Casa Pueblo

Casa Pueblo

Já no final da tarde, após o passeio em Casa Pueblo e o city-tour, fizemos uma parada na Playa Brava, onde está o Monumento ao Afogado, criação do artista chileno Mario Irarrázabal, que representa o último gesto de uma pessoa se afogando, também conhecido como La Mano ou Los Dedos, e é um dos pontos turísticos mais cobiçados da cidade.


Ana Paula e, ao fundo, o Monumento ao Afogado

Ainda, antes de retornar ao navio, deu tempo para uma caminhada pelas ruas centrais de Punta Del Este e para mais umas fotos à beira mar.

Ruas centrais de Punta Del Este

À beira mar em Punta Del Este

 Buenos Aires

Logo depois de chegarmos à capital da Argentina, por volta de 09h, passamos pelo procedimento de desembarque (que, dependendo do horário, é um pouco lento e demorado) e fomos caminhando do porto, localizado no bairro de Retiro, até a Rua Florida, passando pela Plaza Fuerza Aera Argentina, onde está localizada a Torre Monumental, um belo monumento construído pelos ingleses para comemorar o centenário da Revolução de Maio, tendo sido inaugurado em 1916.

O monumento ficou conhecido como Torre dos Ingleses, no entanto, após a Guerra das Malvinas, em 1982, o nome foi mudado para Torre Monumental.

Na sequência, passamos pela Plaza San Martin e chegamos ao início da Rua Florida, uma das mais tradicionais ruas da cidade e palco de um interessante costume dos cambistas que se espalham por, praticamente, toda a extensão da rua. Durante todo o tempo que você transita pela Rua Florida essas pessoas ficam gritando "cambio, cambio", para avisar que estão trocando dinheiro, não importando a moeda, pesos por dólar, dólar por reais, reais por pesos e por aí vai. Conselho: não use os serviços desses cambistas, a não ser que você goste de fortes emoções e esteja a fim de correr o risco de pegar umas notinhas falsas.

Além dos cambistas, turistas serão incansavelmente abordados por vendedores de passeios, pacotes turísticos, eventos e tudo o mais que possa ser vendido a um turista.

Ainda na Rua Florida, fizemos uma parada no Galerias Pacifico, um dos muitos shoppings de Buenos Aires, no entanto, com uma arquitetura, no estilo Beaux-Arts, que é o seu grande diferencial. Não há como passar incólume pela bela fachada, imponente e belíssima, e pelo maravilhoso teto, com seus afrescos.

Construído em 1889 e transformado em monumento histórico nacional em 1989, o Galerias Pacífico é um passeio agradável e imperdível para quem gosta de edificações históricas e obras de arte. Ainda, aproveitamos para aliviar o calor e comer alguma coisa, já que estávamos no horário do almoço.

Por meio de indicação de amigos, havíamos agendado, com uma brasileira que trabalha em uma das muitas pequenas agências de turismo da área central, um city tour pela cidade.

O city tour durou em torno de 4 horas, tempo suficiente apenas para uma pequena pincelada das várias matizes da cidade.

Nos chamou muito a atenção a beleza dos bairros de Recoleta e Palermo, a imponência dos edifícios no entorno da Plaza de Mayo, onde fizemos uma parada para caminhar pela praça e para algumas fotos em frente à Casa Rosada, sede do governo argentino.

Ana Paula em frente à Casa Rosada

Dali, fomos para o bairro La Boca, onde paramos no estádio do Boca Juniors, que impressiona pela verticalidade vertiginosa das arquibancadas e pela devoção, quase religiosa, de, aparentemente, todos os moradores da região onde está o clube de futebol, e no El Caminito, que mereceria mais tempo para sentar em um dos pequenos restaurantes para uma bela refeição, acompanhada de um bom vinho.

Entrada principal do estádio do CA Boca Juniors

El Caminito

El Caminito

Chegando de volta ao navio, em Buenos Aires

No retorno, ficamos na área do porto, já que, ainda, precisávamos nos preparar para o passeio da noite, no Señor Tango.

Embora não seja o tipo de música que me agrada, o espetáculo dessa casa de shows de tango, o Señor Tango, é algo fora do comum e não passa vergonha se comparado a qualquer espetáculo organizado na América do Norte, mestres do showbiz.

Embora tenha sido nossa primeira experiência em Buenos Aires e tenhamos ido ao Señor Tango por indicação, ficamos muito satisfeitos com o programa e o recomendamos.

Adquirimos as entradas para o show em conjunto com o jantar, o qual foi delicioso, que teve de entrada um crepe de espinafre, como prato principal o tradicional Bife de Chorizo, acompanhado de arroz ao açafrão e batatas rústicas, e como sobremesa tiramissu siciliano. Vinho tinto, cerveja, água e refrigerantes acompanhavam o jantar.

Entrada do salão do Señor Tango

No segundo dia em Buenos Aires, como havíamos voltado tarde do show, na noite anterior, aproveitamos para descansar um pouco mais e saímos do navio mais tarde para uma caminhada tranquila pelo centro da cidade.

No final da tarde, por volta de 17h, o navio zarpou em direção a Montevidéu, capital do Uruguai.

Navegamos por toda a noite e chegamos às 07h da manhã em Montevidéu. Nesse dia, levantamos bem cedo, para tomar um bom café da manhã, com um pouco de mais tranquilidade, antes de desembarcarmos pela última vez antes do retorno ao Brasil, para um city-tour pela capital uruguaia.

Durante o passeio, tivemos a oportunidade de conhecer o Palácio Legislativo, o Palácio do Governo Uruguaio, o Teatro Solis, o parque Prado, um dos mais bonitos da cidade, o Parque Battle y Ordoñez, o Obelisco, La Carreta e o Estádio Centenário. Fizemos uma parada, também, na Praça Virgílio, também conhecida por Plaza de La Armada, onde está o monumento aos Heróis da Marinha Uruguaia e de onde se tem uma das mais belas vistas panorâmicas da cidade e do Rio da Prata. O retorno ao navio se deu pela costa, apreciando belas praias. Na chegada ao porto, descemos do lado de fora do acesso aos passageiros para uma rápida visita ao Mercado Municipal que fica em frente ao porto.

Palácio Legislativo do Uruguai, em Montevidéu

Parque Prado

Estádio Centenário de Montevidéu

Estátua em homenagem aos títulos da Seleção de Futebol Uruguaia, nas Olimpíadas de 1924 e 1928 e nas Copas do Mundo de 1930 e 1950.

Vista panorâmica de Montevidéu, a partir da Plaza de La Armada.

Teatro Solis - Centro de Montevidéu

Entrada do Porto de Montevidéu

Último reembarque antes do retorno ao Brasil

Almoço padrão no restaurante do navio

Sobremesa de um dos jantares

Drinques e boa música em um dos bares do navio


Teatro do navio. Um show a cada noite.

Da mesma forma que na saída, a chegada não foi das melhores experiências, pelo que pudemos entender, por dois motivos principais: atraso na saída de Montevidéu, em virtude de greve dos funcionários portuários, e certa desorganização no Porto de Santos. A previsão de desembarque era para as 09h da manhã, no entanto, só pudemos desembarcar por volta de 16h.

Sentados no chão, depois de horas de espera para o desembarque

Um comentário:

  1. Adoro os post de vocês!
    Sempre acompanhei todos, mas nunca deixei comentários.
    Continuem postando!!

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