terça-feira, 22 de maio de 2012

Toronto - 14 e 15 de fevereiro de 2012

Dia 14 de fevereiro de 2012, nosso penúltimo dia no Canadá. Como, de acordo com o planejado, já tínhamos feitos todos os passeios que estavam programados, deixamos esse dia para rever algo ou ver alguma coisa que não tínhamos visto. O dia amanheceu fechado, garoando e com muito frio, tomamos o nosso café na Starbuck's e voltamos para a região de Chinatown, a Ana Paula não tinha acreditado ainda que a Chinatown de Toronto era tão diferente das outras, então quis voltar. 


Fomos até o Kensington Market, um neighbourhood a oeste da Spadina Avenue, que é o coração da Toronto multicultural. É o local onde vendedores de quase todos os cantos do mundo montaram seu comércio. Existe no local bancas de frutas, legumes, verduras, artigos populares, lojas de quinquilharias e brechós, além de uma espécie de Little Portugal.


 Rua de Kensington Market

 Um dos brechós de Kensington Market

 Uma das muitas bancas de frutas de Kensington Market

Depois do passeio por essa região, fomos em direção ao Eaton Centre. Estava garoando intensamente e, como estava muito frio, era praticamente neve, então fomos até o shopping para nos proteger e almoçar. Almoçamos no Mr Greenjeans, um restaurante muito bacana e de cardápio bastante diversificado. Eu experimentei  um prato chamado Pad Tai (noodle tailandês com camarões) e a Ana Paula experimentou o Chicken Alfredo, um prato mais tradicional à base de fetuccini e molho Alfredo. Já a Ana Carolina preferiu um sanduíche, também tradicional, o Chicken Club. Depois do almoço fomos para o hotel, já que o tempo estava muito ruim e não dava para ficar caminhando pelas ruas.

No meio da tarde, a chuva deu uma trégua e então fomos dar uma volta. A Ana Paula e a Ana Carolina ficaram fuçando em uma loja tipo ponta de estoque, chamada Winners, que vende roupas, bolsas, sapatos, entre outros artigos, de várias marcas a preços bem convidativos. Eu fui até o St. Lawrence Market para comprar uns vinhos para trazer ao Brasil e saborear com os olhos a beleza daquele mercado. Depois de nos encontrarmos, voltamos para o hotel, trocamos de roupa e fomos assistir a um jogo de basquete, válido pela NBA, no Air Canada Centre.

Já havíamos comprado,  aqui no Brasil, os ingressos para o jogo entre o Toronto Raptors e o NY Knichs. Como sempre, foi uma experiência muito legal. Os norte-americanos (e isso, é óbvio, inclui os canadenses) sabem como transformar tudo em espetáculo. O ambiente do jogo é muito agradável, as torcidas se misturam (e, por incrível que pareça, ninguém se mata) e as duas horas e meia a três horas de jogo (contando os intervalos e paradas técnicas) parecem que passam e gente não percebe, fica um gostinho de "quero-mais". Acabamos fazendo um lanche por lá mesmo. Entramos no clima e pegamos um cachorro quente do Nathan's para cada um (queríamos que a Ana Carolina experimentasse, já que eu e a Ana Paula já havíamos provado em Las Vegas e adoramos), acompanhados de coca-cola, para as meninas, e uma pint da Coors (cerveja americana que tem origem no estado do Colorado). 

Pausa para um comentário: por que é que na América do Norte e na Europa, para ficar somente no que eu tenho certeza, você pode acompanhar uma partida de qualquer esporte ou assistir a um show e saborear sua cerveja sem peso na consciência e sem a perseguição e as críticas sem sentido dos falso-moralistas de plantão? Como se a cerveja que se bebe dentro do estádio fosse o motivo da violência das torcidas organizadas. Até por que, me desculpem os falso-moralistas (que além de tudo são cegos ou se fazem), as brigas ocorrem nas imediações dos estádios ou nos terminais de ônibus, metrô ou trem, onde a "lei seca" dos estádios não tem alcance e onde esses trogloditas travestidos de torcedores não precisam de nada, além de sua própria ignorância, para quebrar, bater, agredir. Qualquer dia será proibida a ingestão de bebida alcoólica nas "baladas", já que brigas ocorrem e a garotada costuma beber e voltar dirigindo. É a solução do "matemos os cachorros, já que não podemos com as pulgas". Vai entender.

Depois de três horas de diversão, hora de voltar para o hotel para se preparar para a maratona do retorno ao lar. Tempo para mais uma constatação de que ainda precisamos avançar um pouco mais em organização urbana. Embora estivesse um frio de rachar (algo em torno de -10ºC), de todo o caminho da volta, precisamos caminhar por apenas meia quadra ao ar livre entre o Canada Air Centre e o hotel. Fora a tranquilidade com relação à segurança. Não quero dizer com isso que precisamos de caminhos subterrâneos para andar em nossas cidades. O que quero dizer é que precisamos encontrar soluções que tornem a vida das pessoas de bem mais confortáveis e seguras, em especial nas grandes cidades brasileiras, considerando as características e necessidades de cada uma.

 Air Canada Centre, antes de começar o jogo

 Hora dos hinos do Canadá e dos Estados Unidos

 Intervalo do jogo

Dia 15 de fevereiro de 2012, dia de ir embora. Sempre o dia da volta é meio que perdido. Acordamos, saímos para tomar café, voltamos, arrumamos as nossas bagagens e fizemos o check-out. Deixamos as malas no quarda volumes do hotel e saímos para dar uma volta. Almoçamos no Eaton Centre, no mesmo restaurante do dia anterior, e voltamos para o hotel para esperar o Paulo Chan nos buscar e nos levar até o aeroporto. 
Chegamos cedo no aeroporto, despachamos as malas e fomos sentar e esperar, essa é a pior parte. Fizemos mais umas compras no Free Shopping e comemos na Tim Hortons, para nos despedir.
A viagem foi boa e, como sempre, chegando em São Paulo é aquela confusão, mas todos que viajam sabem que tem que passar por isso. Chegamos aqui em Curitiba por volta das 14:00hrs e como estávamos chegando com a Ana Carolina, que tinha passado 6 meses estudando no Canadá, muitas pessoas queridas nos esperavam no aeroporto.

Ana Carolina na recepção do hotel esperando para ir ao aeroporto e os corações do Valentine Days

Nossa chegada e as amigas da Ana Carolina - Vanessa, Bruna e Rafaela

Tio Maurício, Vó Dione, Vó Raquel e tia Bia

Um comentário:

  1. Como sempre gostei muito...cheguei até a sentir frio a forma que você escreveu.....Penso que você deveria escrever um livro.......bj

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